BB deve precisar de capital novo para Basileia 3, calcula HSBC

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As novas diretrizes do Banco Central para adaptação às normas de Basileia 3 não vão acarretar aumento de capital para os bancos no curto prazo. Em relatório, o HSBC acredita que apenas o Banco do Brasil (BB) deve precisar de capital novo, mas não antes do fim de 2013. O acordo de Basileia 3 obriga os bancos a terem mais reservas de capital para se proteger contra risco de perdas.

As novas diretrizes do Banco Central para adaptação às normas de Basileia 3 não vão acarretar aumento de capital para os bancos no curto prazo. Em relatório, o HSBC acredita que apenas o Banco do Brasil (BB) deve precisar de capital novo, mas não antes do fim de 2013. O acordo de Basileia 3 obriga os bancos a terem mais reservas de capital para se proteger contra risco de perdas.

"O Banco do Brasil está no radar do mercado quanto à possível necessidade de melhorar os índices de capital no médio prazo", diz o relatório assinado por Victor Galliano e Mariel Santiago. Itaú, Bradesco e Santander não terão essa necessidade, especialmente levando-se em consideração as atuais projeções de crescimento do crédito em 2012, na faixa de 15% a 20%.

Para fazer os cálculos sobre o BB, o HSBC usou os números do quarto trimestre de 2011. Considerando o impacto total, os ajustes vão resultar numa redução de 710 pontos-básicos no chamado capital Tier 1 (de qualidade mais elevada, composto principalmente pelo capital acionário mais prêmio de ações e lucros retidos), para 3,4%. Apesar disso, o banco lembra que a implementação dessas regras será gradual, ao longo de cinco anos.

"Nessa adoção gradual, estimamos que a dedução de capital seria de 140 pontos-básicos no Tier 1 nessa simulação, trazendo o índice a 9,1%. Estimamos que o índice de capital Tier 1 do Banco do Brasil chegaria a 7,5% em 2014."

Segundo o HSBC, o Banco do Brasil está incluindo ajustes para os ativos do fundo de pensão Previ sobre o balanço e o ágio relacionado ao Banco Postal. "Acreditamos que pelo menos esta última medida reflete uma atitude conservadora, uma vez que o leilão do Banco Postal foi concluído em maio de 2011."

No começo do mês, o BB divulgou as projeções de estrutura de capital nível 1 para os próximos dois anos. Para janeiro de 2013 o Tier 1 é de 9% e para janeiro de 2014, de 7,6%. O banco também espera um crescimento de 15,3% ao ano no ativo ponderado pelo risco antes das deduções referentes aos ajustes prudenciais. O patrimônio líquido deve crescer 13,2% de janeiro de 2012 a igual mês de 2013, e 13,6% para a janela entre janeiro de 2013 e 2014, também antes das deduções referentes aos ajustes prudenciais.

Com base em suas premissas para crescimento do crédito em 2012 e 2013, o HSBC acredita que os grandes bancos (com exceção do Santander Brasil) vão aumentar o capital em 12% a 16% por ano por meio de lucros retidos, ao passo que o crescimento do crédito no sistema deve atingir de 16% a 18% em 2012, e níveis similares em 2013. Assim, a absorção de capital deve ficar na faixa de 40 a 230 pontos-básicos nos próximos dois anos.

Pelos cálculos do HSBC, o Bradesco é um dos menos afetados, apesar de assumir a maior dedução para as participações de seguros dentre os grandes bancos. Os ativos fiscais diferidos, que formam o maior montante de deduções do capital, são compensados em grande parte pelos passivos fiscais diferidos. O Itaú Unibanco também não sofre um impacto tão negativo, pois já tem um índice de capital Basileia 2 elevado. O Santander Brasil, por sua vez, tem o maior índice de capital dentre os grandes bancos, eliminando o risco de aportes adicionais.

FONTE: Valor Econômico

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