Compreendendo o esquecimento

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Esquecer onde estacionou o carro, a chave ou o nome de alguém. Quem nunca passou por situações como essas? São as consequências da vida agitada, que tem ocasionado poucas horas de sono, muitas atividades a serem realizadas em um curto espaço de tempo, além de grande volume de informações que devem ser memorizadas.

Esquecer onde estacionou o carro, a chave ou o nome de alguém. Quem nunca passou por situações como essas? São as consequências da vida agitada, que tem ocasionado poucas horas de sono, muitas atividades a serem realizadas em um curto espaço de tempo, além de grande volume de informações que devem ser memorizadas.

O esquecimento é um processo natural, pois é um mecanismo de limpeza, que tenta evitar uma sobrecarga de retenção de dados e que vez ou outra nos deixa na mão, deletando informações importantes. De acordo com o médico neurologista do Rio de Janeiro (RJ), Abouch Krymchantowski, isso acontece principalmente com informações para as quais a atenção não é voltada de forma integral. “O mesmo ocorre para mensagens que são recebidas ao mesmo tempo e a tendência é serem desprezadas pelas áreas de memória”, afirma.

Mas o que fazer quando o problema ocorre com frequência? Quando o esquecimento passa a interferir no cotidiano da pessoa, e até mesmo na segurança dela, já que muitas pessoas relatam que começam a cozinhar e depois esquecem o fogo acesso, por exemplo, é hora de procurar um médico especialista.

“Esquecimentos são normais, mas se o caso se repete com frequência é importante ficar atento aos acontecimentos e consultar um especialista”, destaca o neurologista.


Diminuição da memória

O Transtorno Cognitivo Leve (TCL), ou comprometimento leve da memória, como também é conhecido, aparece normalmente após os 45 anos, podendo acontecer inclusive antes, em algumas situações específicas.

Geralmente, a perda de memória é devido a algum fator que, se corrigido, devolve ao indivíduo a função que estava prejudicada. “Fatores como o estresse e a insônia são os que mais causam o problema”, afirma a psicóloga Claudia Ballestero Gracindo, de São Paulo (SP).


Mudança de comportamento

A psicóloga explica que, para melhorar a memória, é importante o envolvimento em atividades que exercitem a fixação de informações, como jogos e leitura. “Pessoas com maior nível de escolaridade possuem menores chances de desenvolver o problema, pois estão sempre exercitando a área do cérebro”, afirma.

Ela explica que casos em que é necessário o acompanhamento neuropsicológico, o tratamento é realizado por meio de exercícios, como jogos para treino de memória. É recomendada também a realização de atividades físicas e que as pessoas estejam envolvidas em meios sociais agradáveis onde haja uma constante troca de informações.

Além disso, mudanças de comportamento no dia a dia, como alimentação rica em ômega 3 e 6, responsáveis pelo funcionamento do cérebro, estilo de vida saudável e prática de exercícios físicos são importantes. “Evitar o fumo, a obesidade, o sedentarismo e excesso de remédios calmantes ou indutores do sono também são essenciais”, explica o médico neurologista.

FONTE: Previ

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