Gestora do BB cresce com investidor de baixa renda

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Ocupar a liderança em patrimônio administrado nunca foi novidade para a BB DTVM, mas no ano passado a gestora de recursos do Banco do Brasil experimentou o gosto da liderança em um quesito de escala que ainda não havia provado: com a adição de 288 mil cotistas a seus fundos, assumiu pela primeira vez a liderança em número de clientes, ultrapassando a Itaú Asset.

Ocupar a liderança em patrimônio administrado nunca foi novidade para a BB DTVM, mas no ano passado a gestora de recursos do Banco do Brasil experimentou o gosto da liderança em um quesito de escala que ainda não havia provado: com a adição de 288 mil cotistas a seus fundos, assumiu pela primeira vez a liderança em número de clientes, ultrapassando a Itaú Asset.

O salto, dado em um ano no qual seus principais concorrentes padeceram para sustentar os patamares anteriores - e ainda assim, em alguns casos assistiram ao encolhimento no número de investidores atendidos -, deveu-se a uma estratégia que combina com o conglomerado estatal, líder do varejo brasileiro. Em vez de sofisticar, a BB DTVM simplificou e facilitou o acesso a um tipo de investidor que, com o crescimento da renda, ascende economicamente e, depois de desaguar no consumo algumas demandas reprimidas por anos, notou a necessidade de poupar.

O caminho natural seria a poupança, mas, ao procurar pela rede de agências do Banco do Brasil, esse investidor se deparou algumas vezes com outras possibilidades, até mesmo em bolsa, com um valor mínimo de depósito de R$ 100 e nenhum limite para as movimentações subsequentes, uma vez feita a aplicação.

"Não somos nada de mirabolante. Nosso negócio é constância e consistência", diz o presidente da BB DTVM, Carlos Takahashi, ou Cacá, como prefere ser chamado e é conhecido no mercado e nos corredores da gestora, sediada no prédio que um dia abrigou a Bolsa do Rio, na Praça XV, no coração da cidade.

Com o avanço obtido no ano passado, chegou a 2,16 milhões de cotistas. O patrimônio administrado cresceu R$ 55 bilhões e alcançou R$ 415 bilhões, no fim de 2011. Com isso, a BB DTVM ampliou de R$ 69 bilhões para R$ 85 bilhões a distância para o Itaú, segundo colocado no ranking, e é dona de 21,6% do mercado.

O quinhão oriundo de recursos provenientes do poder público ainda é bem maior na BB DTVM, com 22,65% da carteira, contra menos de 8% no resto do mercado. Mas, com a estratégia adotada nos últimos anos, a parcela do varejo já responde por quase 19% do total administrado pela gestora do Banco do Brasil. Acima da média de 16,55% do restante do mercado.

Com mais cotistas e mais patrimônio, a BB DTVM ajudou a engordar o ganho do BB. "Tirando produtos de intermediação financeira, somos a área que oferece melhor resultado para o conglomerado", diz Takahashi.

No ano passado, o resultado líquido da BB DTVM cresceu 24%, para R$ 559 milhões. A receita com prestação de servicos foi de R$ 4,3 bilhões, dos quais R$ 3,2 bilhões computados dentro dos números do banco e R$ 1,05 bilhão diretamente na gestora.

As receitas com servicos obtidas através de fundos cresceram 19,65%. Esse crescimento puxou os ganhos do banco, onde a receita total com serviços avançou 12,8%. Mas o contraste é maior com relação aos concorrentes com os quais a BB DTVM se compara. No Itaú, as receitas com serviços cresceram 11,39% e, com fundos, 4,49%. No Bradesco, ainda conforme o acompanhamento da BB DTVM, as receitas cresceram 13,84% e, com fundos de investimento, 7,86%.

A estratégia de ampliação de acesso no varejo tem muito a ver com esses números, mas o avanço da BB DTVM se deu também em outras frentes, nas quais a gestora também procurou usar o peso do BB a seu favor.

Quando o banco foi um dos principais instrumentos usados pelo governo para prover capital de giro a empresas e impedir que a economia sofresse com o estrangulamento de liquidez internacional causado pela crise de 2008, a BB DTVM canalizou naturalmente esses recursos. Enquanto o crédito dado pelo banco ainda não era empregado nos projetos a que se destinava, coube à gestora movimentar esse dinheiro.

FONTE: Valor Econômico

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