Os bons ventos internacionais levaram o Ibovespa a estrear março com alta de 1,52%, aos 66.809 pontos, com volume financeiro de R$ 6,52 bilhões. Com a situação europeia relativamente estável - ou seja ausência de notícias às vezes é boa notícia -, os investidores ficaram atentos aos indicadores americanos, que se não foram excelentes, não estragaram o dia.
Os bons ventos internacionais levaram o Ibovespa a estrear março com alta de 1,52%, aos 66.809 pontos, com volume financeiro de R$ 6,52 bilhões. Com a situação europeia relativamente estável - ou seja ausência de notícias às vezes é boa notícia -, os investidores ficaram atentos aos indicadores americanos, que se não foram excelentes, não estragaram o dia.
A eles. O número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA surpreendeu positivamente, ao cair 2 mil, para 351 mil, na semana até o dia 25 de fevereiro. Na direção oposta, a renda pessoal dos americanos cresceu 0,3% de dezembro para janeiro, enquanto os gastos aumentaram 0,2%, abaixo do esperado. Além disso, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para o setor industrial dos EUA caiu de 54,1, em janeiro, para 52,4, em fevereiro, contrariando a previsão de aumento.
Os gastos com construção no país ainda caíram 0,1% em janeiro ante dezembro, em termos sazonalmente ajustados, ante a expectativa de aumento. No Brasil, o mercado segue de olho na medida cambial do governo, com a elevação para 6% da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos externos de até três anos. O mercado operou de certa forma aliviado, em meio a rumores de que o governo já poderia agir na taxação de investimento externo na bolsa para frear a queda do dólar.
Um operador de mercado destaca que, na ausência de opções, a bolsa brasileira segue atraindo recursos externos. Segundo ele, os estrangeiros permanecem de olho no crescimento potencial da economia principalmente a partir do segundo semestre, quando os efeitos da política de afrouxamento monetário serão sentidos.
De toda forma, ao se aproximar dos 67 mil pontos, o Ibovespa testa um nível de inflexão e segue sujeito a uma realização de lucro. No primeiro bimestre, o índice acumulou alta de nada menos que 16%.
Chama atenção a atuação do investidor internacional especialmente no mercado futuro. Ele reduziu sua posição "vendida" em Ibovespa futuro ontem em 8.147 contratos na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), para 3.834 contratos - menor valor desde 18 de janeiro de 2011. Ou seja, a expectativa é de alta do índice da carteira teórica paulista.
Já no mercado à vista, o fluxo direto estrangeiro está negativo em R$ 1,639 bilhão na Bovespa em fevereiro, até o dia 28, valor pouco representativo, quando comparado à entrada líquida de R$ 7,168 bilhões vista em janeiro.
Dentro do Ibovespa, a maioria das ações subiram. Destaque para JBS ON, alta de 10,14%, a R$ 8,04; Cyrela ON (+5,14%), a R$ 18,21; e Localiza ON, (+3,28%), a R$ 32,76. Fora do Ibovespa, os recibos de ações da Agrenco subiram 26,92%, a R$ 0,33. Isso porque a produtora de bioenergia anunciou parceira para retomar a produção na unidade de processamento de soja em Alto Araguaia, no Mato Grosso.
FONTE: Valor Econômico