O Banco do Brasil concluiu a captação de US$ 750 milhões, por meio do relançamento de seus bônus perpétuos no exterior. O retorno para o investidor (yield) ficou em 8,488% ao ano, abaixo dos juros obtidos na abertura da operação (9,25% ao ano), em janeiro.
O Banco do Brasil concluiu a captação de US$ 750 milhões, por meio do relançamento de seus bônus perpétuos no exterior. O retorno para o investidor (yield) ficou em 8,488% ao ano, abaixo dos juros obtidos na abertura da operação (9,25% ao ano), em janeiro.
A demanda pelos papéis chegou a US$ 4,7 bilhões, em captação coordenada por BB Securities, BNP Paribas, Bradesco, Citigroup, HSBC e Standard Chartered. Segundo Ivan Monteiro, vice-presidente do banco, a opção pela reabertura veio do bom desempenho dos papéis no mercado secundário e pela forte demanda na operação inicial. "Tivemos pedidos de reabertura."
O BB vendeu US$ 1 bilhão em janeiro em bônus perpétuos subordinados em uma operação inédita por permitir ao banco adequar a estrutura a eventuais ajustes regulatórios decorrentes das regras de Basileia 3, mantendo os recursos como capital principal.
Há duas semanas, os principais pontos da regulamentação de Basileia 3 foram colocados em audiência pública pelo Banco Central e a avaliação inicial é que a estrutura dos bônus perpétuos do BB já estaria enquadrada nessas regras, dispensando ajustes. "A principio não [haveria necessidade de alteração]", diz Monteiro. Mas ele ressalta que prefere esperar a posição final do BC antes de se pronunciar.
Os recursos serão utilizados como capital "nível 1" (o mais forte). O volume de US$ 1 bilhão captado em janeiro teve um impacto de 0,3 ponto percentual no índice de Basileia do banco, que foi a 14%.
Segundo Luis Berlfein, chefe da área de originação e distribuição de renda fixa do BNP Paribas, a distribuição começou na noite de domingo, na abertura do mercado asiático, justamente para aproveitar a demanda desses investidores, que gostam de perpétuos. A Ásia respondeu por 29% do total aplicado, os europeus compraram 27% e o restante, 44%, ficou com os americanos. Também contribuiu para o bom desempenho, lembra Rodrigo Fittipaldi, diretor do BNP Paribas, a melhora do mercado para instituições financeiras.
FONTE: Valor Econômico