Previ e provisões extras reduzem lucro do BB

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O Banco do Brasil registrou um lucro líquido de R$ 2,972 bilhões de outubro a dezembro do ano passado, com uma queda de 25,7% em relação ao mesmo período de 2010. Fatores como a redução dos ganhos com o fundo de pensão dos funcionários do banco (Previ) e maiores provisões colaboraram para a redução do resultado. No ano, porém, houve um crescimento de 3,6%, para R$ 12,1 bilhões.

O Banco do Brasil registrou um lucro líquido de R$ 2,972 bilhões de outubro a dezembro do ano passado, com uma queda de 25,7% em relação ao mesmo período de 2010. Fatores como a redução dos ganhos com o fundo de pensão dos funcionários do banco (Previ) e maiores provisões colaboraram para a redução do resultado. No ano, porém, houve um crescimento de 3,6%, para R$ 12,1 bilhões.

Um dos principais entraves para no último trimestre de 2011 veio da Previ. O superávit do fundo de pensão caiu de R$ 1,9 bilhão de outubro a dezembro de 2010 para R$ 500 milhões em igual período do ano passado. Além disso, houve um crescimento das provisões de 52%, para R$ 3,2 bilhões. Essa cifra inclui tanto reservas para créditos de liquidação duvidosa quanto para disputas judiciais. Do lado do crédito, o movimento, segundo o banco, se deve a uma base de comparação com um trimestre de 2010 cujo volume de provisão foi "anormalmente baixo".

A carteira de crédito teve um crescimento de 18% no ano, alcançando R$ 422,9 bilhões. A expansão ficou abaixo da média do sistema financeiro, que foi de 19%, segundo dados do Banco Central.

Os empréstimos para empresas no Brasil e no varejo terminaram 2011 aquém do previsto pelo próprio banco, afetados pelas medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central na virada de 2010 para 2011, apesar de uma recuperação no quarto trimestre.

Com a ajuda do agronegócio, o Banco do Brasil bateu a meta de crescimento do crédito doméstico em 2011. No trimestre, a variação dos empréstimos foi de 5,1%, acima de Itaú, Bradesco e Santander.

A instituição projetava expansão de 15% a 18% para as operações feitas no Brasil no ano, ficando em 15,6%. Mas os empréstimos para pessoas jurídicas e físicas ficaram abaixo da expectativa. Para as empresas, o banco previa atingir algo entre 16% e 19%, mas alcançou 14,3%. "A demanda das companhias por operações de capital de giro caiu com a crise", diz Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil

No varejo, a meta era de 17% a 21%, atingindo 15,4%. "O efeito das medidas macroprudenciais foi muito significativo", explica Monteiro. A maior exigência de capital para operações longas pelo Banco Central afetou a instituição, que tem mais de R$ 80 bilhões em operações de consignado e de veículos, modalidades mais afetadas.

Já no agronegócios, o Banco do Brasil superou em muito a projeção de 8% a 12%, ficando em 18,2%.

O banco manteve a taxa de inadimplência acima de 90 dias sob controle, em 2,1% em dezembro, mesmo patamar de setembro. Um ano antes, havia sido de 2,3%.

Do lado das despesas com salários de funcionários, os desembolsos somaram R$ 3,9 bilhões de outubro a dezembro. A alta foi de 20,9% em relação a um ano antes. Segundo o banco, pesaram o dissídio e aumento do quadro.

As ações do Banco do Brasil reagiram bem aos números apresentados ontem. Os papéis tiveram uma valorização de 4,09%, enquanto o Ibovespa recuou 0,99%. A visão do Goldman Sachs é que, apesar do peso do Votorantim, que teve um expressivo volume de provisões, o Banco do Brasil mostrou um resultado sólido, especialmente levando em consideração a carteira de crédito (que sem BV, teria crescido 6,2% na comparação com mesmo trimestre do ano passado).

O Barclays Capital ressaltou que "a qualidade dos ativos do banco foi melhor que o esperado e manteve-se razoavelmente sob controle", notando que o BB já deu sinais de que trabalha nos problemas do Votorantim. (Colaborou Felipe Marques)
 

FONTE: Valor Ecônomico

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