Decisão de juíza da 16.ª Vara Federal de SP estipula prazo de 30 dias para que rede pública distribua remédio A partir de março o Sistema Único de Saúde (SUS) terá de fornecer o remédio Alteplase, que ajuda a interromper quadros de acidente vascular cerebral (AVC), a a doença que mais mata no País. A decisão da juíza da 16.ª Vara Federal de
Decisão de juíza da 16.ª Vara Federal de SP estipula prazo de 30 dias para que rede pública distribua remédio
A partir de março o Sistema Único de Saúde (SUS) terá de fornecer o remédio Alteplase, que ajuda a interromper quadros de acidente vascular cerebral (AVC), a a doença que mais mata no País. A decisão da juíza da 16.ª Vara Federal de São Paulo, Tânia Marangoni, foi publicada anteontem e estabelece prazo de 30 dias para que o remédio passe a ser oferecido gratuitamente. Com a droga, o risco de a doença provocar sequelas, como a perda de movimentos, cai à metade.
"O Alteplase é um trombolítico, o único aprovado no País para AVC isquêmico, o mais comum. Ele deve ser tomado até 4h30 após os primeiros sintomas para dissolver os coágulos formados pelo derrame no cérebro do paciente. O remédio dobra as chances de o paciente recobrar a independência funcional ou suas funções neurológicas", explica o neurologista Eli Evaristo, da Divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas.
Evaristo lembra que o medicamento tem custo elevado, mas que sua administração pode gerar economia a longo prazo. "Em média, são de R$ 2 mil a 3 mil por paciente. Estudos apontam que o trombolítico é uma opção mais barata quando avaliado o custo de todo o tratamento de um AVC", ressalta.
Na ação que originou a decisão, o Ministério Público Federal diz que desde 2009 pede explicações do Ministério da Saúde sobre a demora na incorporação do remédio à rede pública. Mas, antes da decisão, alguns hospitais da capital já ofereciam o remédio: Ermelino Matarazzo, Tatuapé, Campo Limpo, Jabaquara e Hospital Municipal do Servido Público. Agora, a oferta terá de cobrir toda a rede.
O ministério promete investir, até 2014, R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de derrame. Desse total, R$ 67 milhões serão destinados à compra de trombolíticos.
FONTE: O Estado de S.Paulo