O mercado de medicamentos genéricos bateu recorde histórico em 2011 e deverá repetir o bom desempenho este ano. Em volume, o crescimento foi de 32%, com 581 milhões de unidades comercializadas no ano passado. A receita atingiu R$ 8,7 bilhões, aumento de 41% sobre 2010. Com esse resultado, a participação dos genéricos no mercado total de medicamentos ficou em 22,3% em volume, ante 17,6% em dezembro de 2010. A meta é superar a marca de 25% este ano e atingir 35% até 2015, afirmou Odnir Finotti, presidente da
O mercado de medicamentos genéricos bateu recorde histórico em 2011 e deverá repetir o bom desempenho este ano. Em volume, o crescimento foi de 32%, com 581 milhões de unidades comercializadas no ano passado. A receita atingiu R$ 8,7 bilhões, aumento de 41% sobre 2010. Com esse resultado, a participação dos genéricos no mercado total de medicamentos ficou em 22,3% em volume, ante 17,6% em dezembro de 2010. A meta é superar a marca de 25% este ano e atingir 35% até 2015, afirmou Odnir Finotti, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos).
O segmento de genéricos é o que mais cresceu nos últimos anos. Em 2011, as vendas totais do setor farmacêutico somaram R$ 42,78 bilhões, um aumento de 18% sobre o ano anterior, de acordo com dados consolidados pela consultoria IMS Health. Com relação ao faturamento, os genéricos já registraram a marca de 20,5% de participação no mercado brasileiro. Finotti afirmou que o crescimento desse segmento seguirá robusto nos próximos anos. "Em países maduros, como nos Estados Unidos e na Europa, a participação total dos genéricos fica acima de 60%."
Nos últimos dois anos, importantes medicamentos perderam a patente, o que deu impulso ao mercado nacional de genéricos. A americana Pfizer, por exemplo, perdeu a exclusividade de dois importantes produtos: Lipitor (atovarstatina), combate colesterol elevado, e o Viagra (sildenafil), indicado para disfunção erétil. A AstraZeneca sofreu também duas baixas, com dois medicamentos de referência com patente expirada: rosuvastatina, princípio ativo do Crestor, e o quetiapina, nome comercial do Seroquel. Além da Novartis, com o valsartana, com a marca Diovan. Esses medicamentos, juntos, representam 15% do faturamento do setor, de acordo com a Pró Genéricos.
Para 2012, os destaques para lançamentos de novos genéricos no País são a ziprasidona, um antipsicótico da Pfizer, e o Sirolimo, produto imunossupressor da Wyeth, também controlado pela multinacional americana, utilizado em transplantes de órgãos. "Essas drogas e mais uma relação de outros produtos que devem ter patente expirada até 2017 são importantes, com alto valor agregado, com impacto no nosso negócio", disse Finotti. A expansão do programa social Farmácia Popular, com cerca de 75% dos medicamentos genéricos incluídos, também está trazendo reflexos positivos nas vendas desse segmento.
Segundo Finotti, o setor também deve se beneficiar com a decisão da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) de facilitar o acesso à aquisição de medicamentos de uso hospitalar para a produção de cópias e com o avanço do medicamentos biossimilares (biológicos) no País.
Desde que foi criado, o mercado de genéricos promoveu uma economia de cerca de R$ 20 bilhões, afirmou Finotti. No Brasil, a regulamentação desse tipo de medicamento se deu em 1999, com a promulgação da lei 9.787.
FONTE: Valor Online