O primeiro mês do ano promete deixar saudades entre os investidores na Bovespa. Foi o melhor janeiro em termos de rentabilidade (11,13%) desde 2006, graças à forte demanda dos investidores estrangeiros pelas ações de companhias brasileiras. E, segundo os profissionais do mercado, a trajetória de alta ainda está longe de ter se esgotado. Nem no último dia do mês a Bolsa decepcionou. Driblando a fraqueza em Nova York e a perda de vitalidade na praça europeia, o Ibovespa avançou 0,48% ontem, aos 63.072,31 pontos.
O primeiro mês do ano promete deixar saudades entre os investidores na Bovespa. Foi o melhor janeiro em termos de rentabilidade (11,13%) desde 2006, graças à forte demanda dos investidores estrangeiros pelas ações de companhias brasileiras. E, segundo os profissionais do mercado, a trajetória de alta ainda está longe de ter se esgotado. Nem no último dia do mês a Bolsa decepcionou. Driblando a fraqueza em Nova York e a perda de vitalidade na praça europeia, o Ibovespa avançou 0,48% ontem, aos 63.072,31 pontos. É o nível mais alto desde o fechamento de 4 de julho de 2011. A alta encontrou sustentação no giro financeiro de R$ 8,78 bilhões, o melhor nesses 21 pregões, excetuando-se o registrado no vencimento de opções sobre ações (16 de janeiro). Vale também foi responsável por amparar os ganhos da Bolsa ontem, já que as ações avançaram 2,78% na ON e 2,55% na PNA. Os papéis reagiram à notícia de que a empresa obteve na Justiça liminar que reverte os efeitos dos despachos desfavoráveis relacionados à tributação sobre lucros no exterior.
No âmbito externo, as bolsas começaram bem a terça-feira, repercutindo o pacto fiscal assinado na véspera por 25 dos 27 países da União Europeia. Mas, foram atropeladas logo no início da tarde pelos dados ruins apresentados nos EUA - queda da confiança do consumidor em janeiro e da atividade industrial na região de Chicago. Ambos os dados corroboram a percepção dos investidores de que o crescimento global poderá continuar anêmico neste ano. Apesar das incertezas na zona do euro e do impasse nas negociações da Grécia com os credores, os mercados acionários europeu e norte-americano encerraram janeiro com ganhos, ainda que moderados.
No câmbio, o enfraquecimento do euro influenciou a virada do dólar ante o real para o lado positivo no meio da tarde, mas a moeda no balcão acabou terminando o dia em baixa, a R$ 1,7450 (-0,23%). No mês, o dólar em relação ao real acumula desvalorização de 6,63%, maior variação negativa mensal desde as desvalorizações de 9,89% registrada em outubro de 2011 e de 9,96% em maio de 2009.
Após ensaiar um ajuste positivo durante parte do pregão, os juros futuros, sobretudo os vencimentos de curto prazo, acabaram o pregão próximos à estabilidade. Os dados domésticos, como a produção industrial em dezembro e a confirmação de que a meta de superávit primário do setor público foi alcançada, tiveram efeito neutro nos juros.
FONTE: O Estado de S. Paulo