As bolsas internacionais engataram o sinal vermelho ontem, puxadas principalmente pela indefinição da situação na Grécia. Mas, diferente de outros tempos, a Bovespa não acompanhou às cegas. As ações da Petrobrás continuaram subindo e fizeram a diferença da sessão, que ainda contou com o desempenho mais firme da outra blue chip, a Vale.
As bolsas internacionais engataram o sinal vermelho ontem, puxadas principalmente pela indefinição da situação na Grécia. Mas, diferente de outros tempos, a Bovespa não acompanhou às cegas. As ações da Petrobrás continuaram subindo e fizeram a diferença da sessão, que ainda contou com o desempenho mais firme da outra blue chip, a Vale.
Assim, o Ibovespa ficou ora em alta, ora em baixa, definindo seu rumo apenas no final, quando terminou em leve alta de 0,16%, aos 62.486,22 pontos. Pela manhã, a Bolsa chegou a cair 1,15%. Mas as ações de Petrobrás renovaram o fôlego de alta (ON subiu 1,58% e a PN, 1,07%) e conduziram a Bolsa ao sétimo pregão consecutivo de ganhos. No período, a alta atinge 5,65%, elevando para 10,10% a valorização acumulada no mês e no ano. O giro financeiro segue encorpado e ontem totalizou R$ 6,626 bilhões.
O saldo de capital externo na Bovespa neste mês de janeiro até o dia 20, segundo os últimos dados disponíveis, mostra ingresso de R$ 4,9 bilhões. Os preços atrativos dos papéis e a perspectiva de corte de juros estão gerando atratividade maior à renda variável, aliado ao fato de clima menos tenso no exterior.
A realização de lucros na Bolsa contrariou até mesmo o fato de que hoje é feriado do aniversário de São Paulo e o mercado financeiro estará fechado. Os investidores, neste caso, geralmente adotam posições defensivas, já que no exterior os mercados financeiros estarão operando.
Após acumular baixa de 1,02% nas duas sessões anteriores, o dólar no balcão subiu 0,34%, a R$ 1,7550. A subida do dólar aqui seguiu a alta externa da moeda, diante da retomada de preocupações com um possível calote da Grécia, após o impasse nas discussões para a reestruturação da dívida com os credores privados do país.
No front interno, o aviso dado na segunda-feira à noite pelo Ministério da Fazenda de que o governo não vai permitir a valorização do real e que almeja um crescimento do PIB este ano de 4%, no mínimo, gerou avaliações ontem no mercado de que o Palácio do Planalto estaria disposto a permitir uma mudança de patamar do câmbio, para cima.
Os juros futuros terminaram de lado, com os investidores no aguardo da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) amanhã. Contudo, durante a sessão, as taxas oscilaram em reação ao IPCA-15 salgado, as declarações do ministro Guido Mantega sobre cumprimento este ano do superávit primário cheio e o arrefecimento do IPCA diário coletado pela Fundação Getúlio Vargas.
FONTE: O Estado de S. Paulo