Índice tropeça, mas ainda sobe 2,3% na semana

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A expectativa que vinha rondando o mercado acionário brasileiro nos últimos dias não se confirmou ontem. O Índice Bovespa testou pelo terceiro dia o nível dos 60 mil pontos, mas não teve forças para romper a resistência técnica. A briga entre compradores e vendedores durou todo o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), mas, ao fim, a queda prevaleceu, embora por pouco.

A expectativa que vinha rondando o mercado acionário brasileiro nos últimos dias não se confirmou ontem. O Índice Bovespa testou pelo terceiro dia o nível dos 60 mil pontos, mas não teve forças para romper a resistência técnica. A briga entre compradores e vendedores durou todo o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), mas, ao fim, a queda prevaleceu, embora por pouco.

O Ibovespa chegou a subir 0,9% na máxima do dia, quando marcou 60.503 pontos, mas fechou com leve baixa de 0,07%, aos 59.920 pontos. O volume financeiro negociado correspondeu a R$ 6,117 bilhões. Na semana, o índice ainda acumula ganho de 2,3% e, no ano, sobe 5,6%.

Naturalmente, ao subir quatro pregões consecutivos, o mercado brasileiro abriu espaço ontem para uma realização de lucros. Além disso, o vencimento de opções sobre ações na segunda-feira, quando será feriado nos Estados Unidos, estimulou a volatilidade.

Mas depois de alguns dias mais parado, o mercado contou ontem com notícias importantes no exterior. Depois da Alemanha, Itália e Espanha tiveram êxito em leilões de títulos da dívida soberana, com demanda elevada e taxas mais baixas. O resultado deu uma sinalização de recuperação, ainda que possa ser pontual, da confiança dos investidores nas economias.

Os agentes também se animaram com a desaceleração da inflação na China em dezembro, que reforçou a expectativa de medidas do governo para estimular a economia.

Sem nenhuma alteração, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa básica de juros do bloco em 1% ao ano e seu presidente, Mario Draghi, disse apenas haver alguns sinais de que a economia europeia está se estabilizando, ainda que a crise de dívida soberana apresente riscos para as perspectivas da região.

E nem o fracasso do governo da Grécia na nova tentativa de fechar um acordo com credores para reduzir em 50% ou mais a dívida grega teve peso sobre os mercados. O pacote sobre a "participação voluntária" dos bancos na reestruturação da dívida grega havia sido anunciado ao fim de outubro e tinha provocado euforia nos mercados.

Foram os indicadores da economia americana que destoaram da tendência recente e desapontaram os investidores. As vendas no varejo cresceram menos que o esperado em dezembro, enquanto o número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos aumentou mais que o projetado na semana terminada em 7 de janeiro.

Apesar da leve baixa do Ibovespa ontem, o gestor de renda variável da Mercatto Investimentos, Roni Lacerda, avalia que o cenário macroeconômico, ainda desafiador, está dando sinais mais favoráveis neste início de ano.

"Nos Estados Unidos, temos uma bateria de números que têm mostrado de forma ampla uma recuperação em curso. Além disso, a China, até então uma fonte de preocupação, está mostrando uma desaceleração lenta de sua economia", afirma o analista da Mercatto. "A bolsa brasileira ainda tem ações de empresas muito descontadas, como de bancos e construtoras, então a tendência é termos um ano difícil, com muita volatilidade, mas a tendência de alta", aposta Lacerda.

Beatriz Cutait é repórter de Finanças.

 

FONTE: Valor Econômico

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