No Brasil, o risco maior de 2012, apontam os gestores, é o descontrole da inflação, após o IPCA (inflação oficial) ter encerrado o ano passado em 6,5% - teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). "É a nossa angústia", diz Jorge Simino, da Fundação Cesp. "Até que ponto o reaquecimento da economia deve trazer mais inflação, na margem, não sabemos", afirma.
No Brasil, o risco maior de 2012, apontam os gestores, é o descontrole da inflação, após o IPCA (inflação oficial) ter encerrado o ano passado em 6,5% - teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). "É a nossa angústia", diz Jorge Simino, da Fundação Cesp. "Até que ponto o reaquecimento da economia deve trazer mais inflação, na margem, não sabemos", afirma. "Se a inflação voltar a ficar perto de algo entre 6,5% e 7%, existe a possibilidade concreta de o governo ter de voltar a subir juros em 2013", emenda.
Ainda que não saia do controle, a inflação acima do centro da meta (4,5%) mantém os títulos públicos indexados a índices de preços ainda bastante atrativos para os investidores. "Gosto de NTN-Bs com vencimento entre 30 e 40 anos", afirma Simino.
Para o gestor, na renda fixa ganha destaque ainda o crédito privado - especialmente as debêntures e os CDBs -, sem abrir mão, claro, do perfil de risco desses papéis, que devem contar com uma boa classificação de crédito. "Mas os prêmios também diminuíram, o que significa que o ano também vai ser difícil na renda fixa", alerta.
É consenso entre os economistas que o crescimento do Brasil em 2012 deve ficar entre 3% e 3,5%, com um primeiro semestre mais fraco, já que os efeitos dos incentivos do governo à economia ainda não terão se manifestado em sua totalidade.
Segundo Luiz Carlos Mendonça de Barros, da Quest Investimentos, o consumo interno deve crescer 5% em 2012 e, como ele representa dois terços do Produto Interno Bruto (PIB), vai ser suficiente para manter expansão da economia entre 3% e 3,5%. Ele afirma, porém, que é quase impossível crescer mais. "Crescer 5% não existe por limitações nossas, como ambiente de negócios de altos impostos, baixo investimento em infraestrutura, queda da poupança e intervencionismo do governo", afirma.
FONTE: Valor Econômico