Brasil já atrai US$ 2,6 bi em captações externas no ano

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Uma pequena janela de oportunidade nos mercados americano e europeu, nos primeiros dias do ano, permitiu a captação de US$ 2,575 bilhões em recursos com o lançamento de bônus do Tesouro Nacional, Vale e Bradesco. O Banco do Brasil também pretende se reunir com investidores para o lançamento de bônus na próxima semana.

Uma pequena janela de oportunidade nos mercados americano e europeu, nos primeiros dias do ano, permitiu a captação de US$ 2,575 bilhões em recursos com o lançamento de bônus do Tesouro Nacional, Vale e Bradesco. O Banco do Brasil também pretende se reunir com investidores para o lançamento de bônus na próxima semana.

O Bradesco concluiu ontem a captação de US$ 750 milhões por meio de títulos de cinco anos. A taxa do papel ficou em 4,5% ao ano (yield e cupom), uma das mais baixas, a exemplo do que já havia ocorrido com Vale e Tesouro.

Além disso, o banco pagou um prêmio menor do que o de outras instituições financeiras ao redor do mundo. O prêmio de risco sobre os papéis do banco negociados no mercado secundário (conhecido como "new issue premium") ficou em 38 pontos base, enquanto instituições de outros países têm que arcar com spreads acima de 50 pontos base.

Segundo Marlene Millan, diretora de câmbio do Bradesco, as operações soberanas de Brasil e México, além do lançamento da Vale, motivaram o banco a aproveitar essa janela.

"Entendemos que seria um bom momento, depois de muita volatilidade que vimos no fim do ano passado, com os investidores tendo que fazer suas alocações", diz. O Bradesco pretende usar os recursos para financiar linhas de longo prazo em dólar para seus clientes.

A demanda pelos papéis do Bradesco superou os US$ 2 bilhões, com investidores dos Estados Unidos, Europa e Ásia, diz Renato Ejnisman, que comanda o Bradesco BBI. Em apenas duas horas, boa parte desse volume já tinha sido atingido. Além do BBI, participaram da oferta BB Securities, Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, Citigroup e HSBC.

Na quarta-feira, a Vale lançou US$ 1 bilhão em títulos no exterior, pagando 4,525% ao ano. O Tesouro colocou US$ 825 milhões com taxa de 3,449% ao ano, a menor de toda a história, com demanda superior a US$ 3,6 bilhões.

Segundo Rodrigo Fittipaldi, diretor do BNP Paribas, que liderou a operação do Tesouro ao lado do Itaú BBA, o governo teria espaço para fazer uma captação até maior, de US$ 1 bilhão, mas a escolha foi por uma oferta de mais qualidade, garantindo um bom desempenho no secundário e permitindo que as companhias brasileiras seguissem a emissão da República.

As empresas correm para captar recursos no exterior como forma de antecipar o orçamento do ano. Nos primeiros meses, os investidores estão mais abertos a riscos, dado que precisam alocar boa parte de seus renovados planos de investimento para o ano. Mas ainda não se pode dizer que o mercado está totalmente recuperado.

 

FONTE: Valor Econômico

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