Em meio à fuga de investidores da Europa em crise e diante da robustez exibida pela maior economia da América do Sul, o Brasil voltou a ocupar, em 2011, o posto de porto seguro para os estrangeiros.
Em meio à fuga de investidores da Europa em crise e diante da robustez exibida pela maior economia da América do Sul, o Brasil voltou a ocupar, em 2011, o posto de porto seguro para os estrangeiros.
Ávidos por proteger seus recursos, eles despejaram uma montanha de dólares no país. Assim, o ano passado terminou como o segundo maior da história em saldo de dólares.
Nada menos que US$ 65,28 bilhões, valor que supera em 168% o fluxo cambial de 2010 — de US$ 24,35 bilhões —, desembocaram no país, conforme dados divulgados ontem pelo Banco Central.
O fluxo cambial de 2011 só foi menor do que o verificado em 2007, quando entraram no Brasil US$ 87,5 bilhões. O comércio exterior foi o principal responsável pelo ingresso de recursos no ano passado.
O saldo líquido da balança comercial encerrou o ano positivo em US$ 43,9 bilhões. Em 2011, o Brasil exportou o equivalente a US$ 251,1 bilhões em mercadorias e gastou US$ 207,2 bilhões com a aquisição de bens e produtos importados. Foi a primeira vez, desde 2008, que a entrada de dólares pelo comércio exterior superou o ingresso de recursos das operações financeiras.
De sua parte, o fluxo financeiro encerrou o ano registrando um saldo líquido positivo de US$ 21,3 bilhões, valor que superou em 18% a entrada de dólares pelo segmento registrada em 2010.
É nessa conta que o Banco Central contabiliza as transações de compra e venda de ações, títulos de renda fixa, empréstimos, remessas de lucros e investimentos produtivos. Nessas operações, foi registrado o ingresso de US$ 393,9 bilhões e saída de US$ 372,6 bilhões.
FONTE: Correio Braziliense