Pesquisa eleitoral influencia Petrobras

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A Petrobras divulga hoje seu resultado do primeiro trimestre em um momento em que os analistas estão mais atentos às pesquisas eleitorais do que com aos fundamentos da companhia. Como afirmou um deles ao Valor , os números que serão divulgados hoje à noite são menos importantes do que a próxima pesquisa de intenção de votos que vai informar a situação da presidente Dilma Rousseff junto ao eleitorado. A pesquisa é esperado para qualquer momento a partir de hoje. "O Datafolha vai fazer muito mais diferença do que o resultado [da Petrobras]", resumiu, se referindo ao desempenho das ações da estatal.

A Petrobras divulga hoje seu resultado do primeiro trimestre em um momento em que os analistas estão mais atentos às pesquisas eleitorais do que com aos fundamentos da companhia. Como afirmou um deles ao Valor , os números que serão divulgados hoje à noite são menos importantes do que a próxima pesquisa de intenção de votos que vai informar a situação da presidente Dilma Rousseff junto ao eleitorado. A pesquisa é esperado para qualquer momento a partir de hoje. "O Datafolha vai fazer muito mais diferença do que o resultado [da Petrobras]", resumiu, se referindo ao desempenho das ações da estatal.

O primeiro balanço de 2014 será impactado pelo Plano de Demissão Voluntária (PDV) que será responsável por uma provisão de R$ 2,4 bilhões no período, com efeito líquido de impostos de R$ 1,6 bilhão no lucro líquido. Considerando essa despesa, que não é recorrente, a companhia deve registrar queda de 45% no lucro líquido, que deve ficar em R$ 4,2 bilhões, e uma redução de 16% na geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), que deve cair para R$ 13,7 bilhões, comparados com o resultado do primeiro trimestre de 2013. Essa média reflete as estimativas de oito bancos de investimento cujas projeções foram obtidas pelo Valor.

Foram utilizadas as estimativas do Bradesco, J. P. Morgan, Goldman Sachs, Credit Suisse, Itaú BBA, BTG Pactual, HSBC e Planner Corretora. Na média, esses bancos estimam que a Petrobras tenha receita de R$ 81,2 bilhões no trimestre, o que significa uma alta de 12% sobre igual período de 2013.

Encerrado o período de adesões ao PDV, a companhia informou no dia 5 de maio que serão provisionados R$ 2,4 bilhões. O programa, que teve a adesão de 8.298 empregados que representam 12,4% do efetivo total de funcionários, vai piorar os números do trimestre que já não eram bons.

Isso porque, apesar de esperarem receita maior, a estimativa dos analistas é de que, mesmo sem o efeito do PDV, o Ebitda teria leve perda, de 2%, para R$ 16,2 bilhões, o que significa queda de 2,7 pontos na margem. Já para o lucro líquido, também sem efeito do plano de demissão voluntária, a projeção média indica queda de 24%, para R$ 5,8 bilhões.

Segundo o Itaú BBA, a receita líquida deve subir até mesmo em relação ao quarto trimestre, devido aos reajustes da gasolina e diesel e à desvalorização do real frente ao dólar. O câmbio também afeta os custos de produção (lifting costs), que vão cair em dólar e aumentar em reais, influenciados pela produção estável de petróleo e gás e a desvalorização da moeda brasileira.

Contudo, o Itaú BBA prevê aumento dos custos como importação de gasolina e diesel, já que a diferença entre custo de aquisição pela Petrobras e repasse para o mercado está mais elevada. Já para a área de gás e energia é esperado um forte resultado em razão dos preços no mercado spot, que atingiram R$ 670 por megawatt/hora em média.

Em relatório para clientes do Bradesco, o analista Auro Rozenbaum calcula que o Preço Médio de Realização (PMR) da Petrobras, que reflete os preços médios de venda de todos os combustíveis produzidos pela companhia, tenha aumento de 5% entre o último trimestre do ano passado e o primeiro de 2014. Trata-se de um reflexo direto do reajuste de 4% no preço da gasolina e de 8% no preço do diesel que passou a valer em dezembro.

O Bradesco chama a atenção para o comportamento da moeda brasileira e os preços do petróleo, que ajudaram a reduzir as imensas perdas da companhia nos últimos três anos, causadas pela diferença entre os preços de aquisição no exterior e os preços de venda desses combustíveis internamente. O J. P. Morgan calcula que na última semana o "desconto" no preço da gasolina era de 12% e do diesel de 7%, ambos comparados com os preços de custo para importação e colocação desses combustíveis no mercado interno com prejuízo.

 

 

 

 Fonte: Valor econômico

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