Classe C já poupa para a aposentadoria

Tamanho da Letra:

Um estudo divulgado em agosto pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República calcula em 35 milhões o número de pessoas que ascenderam das camadas mais pobres da sociedade na última década e que hoje fazem parte de lares cuja renda mensal de cada integrante varia de R$ 291 a R$ 1.019. Apesar de divergir de outros institutos - em relação aos valores e à própria definição do que é essa classe emergente - a pesquisa mostra que a nova classe média já soma 104 milhões de pessoas, o equivalente a 53,9% da população brasileira - há uma década, esse contingente representava 38% da população. A combinação de fatores como renda mais robusta, oferta abundante de crédito e um mercado de trabalho estabilizado criou um grande contingente de consumo, em um primeiro momento, e que agora, em meio a um estágio de construção de patrimônio, mostra uma maior disposição para poupar visando o longo prazo. O mesmo estudo da SAE mostra que a classe média ainda poupa menos dos que as classes A e B (51% das pessoas dizem poupar), mas mais do que as classes com menor poder aquisitivo. Diante de um mercado em franco crescimento - o mercado de previdência complementar aberta arrecadou um total de R$ 43,3 bilhões de janeiro a agosto deste ano, um volume de aportes 31,14% superior aos R$ 33 bilhões acumulados em igual período do ano passado - e na tentativa de capturar os efeitos da mobilidade social, as entidades de previdência complementar já inovam em suas estratégias para, com taxas competitivas e planos diferenciados, atrair para suas carteiras essa nova fatia da pirâmide. As classes C e D supriram suas necessidade básicas de consumo. Agora, planejam o futuro e se preparam para a velhice. A ascensão de uma parcela de consumidores para a classe média e o aumento de expectativa de vida estimulam o crescimento do mercado de previdência complementar aberta no Brasil. "Temos percebido maior preocupação desse segmento com o futuro. Além de tentar reter os clientes, o sistema enfrenta o desafio de conquistar novos poupadores, principalmente os mais jovens" destaca Osvaldo Nascimento, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). A Bradesco Vida e Previdência constata uma tendência maior de preocupação da classe emergente com temas como longevidade e aposentadoria desde pelo menos 2008. Mas, segundo o presidente da entidade, Lúcio Flávio de Oliveira, o mercado de previdência complementar ainda caminha para capturar de forma mais efetiva esse cliente, que pretende começar a investir de olho no futuro. Segundo Oliveira, depois de atender necessidades básicas, como a casa própria, essas pessoas ainda consomem produtos que precedem um plano de previdência, como os seguros para automóvel ou de saúde. "Mas vai chegar o momento em que se preocuparão com a aposentadoria ou em dar uma condição melhor de educação aos filhos. Acredito que até 2014, dependendo do ritmo de crescimento da economia, conseguiremos capturar esses clientes de forma mais sustentada", afirma Oliveira. Segundo o executivo, a porta de entrada dos emergentes na previdência privada acontece principalmente com a compra de planos para menores de idade, com tickets iniciais que respondem por aportes mensais de R$ 30, com apelo para o acúmulo de recursos para a educação dos filhos. Também é bastante comum a presença de clientes que adquirem um plano de previdência visando apenas experimentar o produto. Uma característica é que esse contingente se mostra mais volátil do que clientes mais tradicionais, trocando de investimentos por produtos que os seduzam mais ou mesmo efetuando resgates com mais facilidade, face alguma dificuldade financeira. "Para muitos desses clientes um horizonte de longo prazo significa um ano. É tarefa da indústria criar uma cultura de investimento de longo prazo para produtos de investimento com os planos de previdência", destaca Oliveira. Na Brasilprev, braço de previdência privada do BANCO DO BRASIL, a presença da classe C começa a ganhar destaque na carteira de clientes. Um levantamento na base de dados da companhia até o mês de agosto mostra que a classe C é responsável por 23% dos planos de previdência da empresa. Em números reais, esse percentual se traduz em 409 mil planos contratados. O critério utilizado separa clientes com renda inferior a R$ 4 mil ou reservas abaixo de R$ 10 mil. A contribuição média de um integrante da classe C a um plano de previdência é de R$ 109, segundo a Brasilprev. O montante está 69% abaixo da média do mercado, cujo ticket médio é de R$ 355. O mesmo estudo mostra que 74% desses clientes optam pelo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Um dado curioso é que, desse total de planos, 54% investem nos chamados planos Brasilprev Júnior, voltados para clientes na faixa etária até os 21 anos. O mesmo levantamento mostra que a clientela pertencente à classe C, em sua maioria (81%) tem menos de 50 anos de idade. O grosso dos clientes (44%) está na faixa etária dos 31 aos 40 anos, seguidos pelos clientes entre 41 e 50 anos (31% dessa base).

Um estudo divulgado em agosto pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República calcula em 35 milhões o número de pessoas que ascenderam das camadas mais pobres da sociedade na última década e que hoje fazem parte de lares cuja renda mensal de cada integrante varia de R$ 291 a R$ 1.019. Apesar de divergir de outros institutos - em relação aos valores e à própria definição do que é essa classe emergente - a pesquisa mostra que a nova classe média já soma 104 milhões de pessoas, o equivalente a 53,9% da população brasileira - há uma década, esse contingente representava 38% da população.

A combinação de fatores como renda mais robusta, oferta abundante de crédito e um mercado de trabalho estabilizado criou um grande contingente de consumo, em um primeiro momento, e que agora, em meio a um estágio de construção de patrimônio, mostra uma maior disposição para poupar visando o longo prazo. O mesmo estudo da SAE mostra que a classe média ainda poupa menos dos que as classes A e B (51% das pessoas dizem poupar), mas mais do que as classes com menor poder aquisitivo.

Diante de um mercado em franco crescimento - o mercado de previdência complementar aberta arrecadou um total de R$ 43,3 bilhões de janeiro a agosto deste ano, um volume de aportes 31,14% superior aos R$ 33 bilhões acumulados em igual período do ano passado - e na tentativa de capturar os efeitos da mobilidade social, as entidades de previdência complementar já inovam em suas estratégias para, com taxas competitivas e planos diferenciados, atrair para suas carteiras essa nova fatia da pirâmide.

As classes C e D supriram suas necessidade básicas de consumo. Agora, planejam o futuro e se preparam para a velhice. A ascensão de uma parcela de consumidores para a classe média e o aumento de expectativa de vida estimulam o crescimento do mercado de previdência complementar aberta no Brasil. "Temos percebido maior preocupação desse segmento com o futuro. Além de tentar reter os clientes, o sistema enfrenta o desafio de conquistar novos poupadores, principalmente os mais jovens" destaca Osvaldo Nascimento, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

A Bradesco Vida e Previdência constata uma tendência maior de preocupação da classe emergente com temas como longevidade e aposentadoria desde pelo menos 2008. Mas, segundo o presidente da entidade, Lúcio Flávio de Oliveira, o mercado de previdência complementar ainda caminha para capturar de forma mais efetiva esse cliente, que pretende começar a investir de olho no futuro. Segundo Oliveira, depois de atender necessidades básicas, como a casa própria, essas pessoas ainda consomem produtos que precedem um plano de previdência, como os seguros para automóvel ou de saúde. "Mas vai chegar o momento em que se preocuparão com a aposentadoria ou em dar uma condição melhor de educação aos filhos. Acredito que até 2014, dependendo do ritmo de crescimento da economia, conseguiremos capturar esses clientes de forma mais sustentada", afirma Oliveira.

Segundo o executivo, a porta de entrada dos emergentes na previdência privada acontece principalmente com a compra de planos para menores de idade, com tickets iniciais que respondem por aportes mensais de R$ 30, com apelo para o acúmulo de recursos para a educação dos filhos. Também é bastante comum a presença de clientes que adquirem um plano de previdência visando apenas experimentar o produto. Uma característica é que esse contingente se mostra mais volátil do que clientes mais tradicionais, trocando de investimentos por produtos que os seduzam mais ou mesmo efetuando resgates com mais facilidade, face alguma dificuldade financeira. "Para muitos desses clientes um horizonte de longo prazo significa um ano. É tarefa da indústria criar uma cultura de investimento de longo prazo para produtos de investimento com os planos de previdência", destaca Oliveira.

Na Brasilprev, braço de previdência privada do BANCO DO BRASIL, a presença da classe C começa a ganhar destaque na carteira de clientes. Um levantamento na base de dados da companhia até o mês de agosto mostra que a classe C é responsável por 23% dos planos de previdência da empresa. Em números reais, esse percentual se traduz em 409 mil planos contratados. O critério utilizado separa clientes com renda inferior a R$ 4 mil ou reservas abaixo de R$ 10 mil.

A contribuição média de um integrante da classe C a um plano de previdência é de R$ 109, segundo a Brasilprev. O montante está 69% abaixo da média do mercado, cujo ticket médio é de R$ 355. O mesmo estudo mostra que 74% desses clientes optam pelo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Um dado curioso é que, desse total de planos, 54% investem nos chamados planos Brasilprev Júnior, voltados para clientes na faixa etária até os 21 anos. O mesmo levantamento mostra que a clientela pertencente à classe C, em sua maioria (81%) tem menos de 50 anos de idade. O grosso dos clientes (44%) está na faixa etária dos 31 aos 40 anos, seguidos pelos clientes entre 41 e 50 anos (31% dessa base).

FONTE: Valor Econômico

Boletim Eletrônico

Inscreva-se em nosso Boletim Eletrônico para manter-se informado.

Mensagem da AFABB-DF

Associação com 21 anos (2000 - 2021) de atuação permanente na defesa e preservação dos interesses dos associados, o que determina nossa razão de ser!

Sempre mais forte com sua participação,

A AFABB-DF

Contato

 O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 +55 61 3226 9718 | 3323 2781
 Setor Bancário Sul | Quadra 02 | Bloco A | Edifício Casa de São Paulo | Sala 603 | Brasília/DF | CEP: 70078-900