Apenas 39% dos brasileiros têm aplicações e poupança é a preferida

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Fazer investimentos ainda não é um hábito dos brasileiros. A maior parte deles, 61%, não tem nenhuma aplicação financeira segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O levantamento - encomendado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) - foi realizado nas 27 capitais brasileiras. Foram ouvidas 623 pessoas. O índice de investidores sobe um pouco quando se trata das classes A e B - 52% dos entrevistados dessa faixa de renda disseram ter o costume de fazer aplicações financeiras. Nas faixas C e D, o percentual é menor, de 29%. Dentre os que têm aplicações financeiras como hábito, a opção preferida é a poupança. A caderneta é a única aplicação financeira de 27% dos entrevistados. Nas classes A e B, esse percentual é de 31%. Outros 7% disseram usar a caderneta de poupança conjuntamente com diferentes modalidades de investimentos. Apenas 5% dos consumidores ouvidos afirmaram que investem, mas que não têm recursos em poupança. Nas classes C e D, as alternativas à poupança têm menos espaço. Apenas 4% dos entrevistados dessa faixa de renda disseram recorrer a outras opções para realizar investimentos de seus recursos. Para Nelson Barrizzelli, economista do SPC Brasil, a preferência do brasileiro pela caderneta se explica pela segurança oferecida pela modalidade. "[A poupança] tem garantia do governo, não tem incidência de imposto de renda e não cobra encargos sobre operações financeiras", afirma Barrizzelli, acrescentando que a caderneta tem sido cada vez mais usada como reserva de liquidez, ou seja, para uso em situações de emergência. É bom lembrar que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante até R$ 70 mil por CPF por instituição financeira. Mesmo depois da alteração das regras de remuneração da poupança, que reduziu o rendimento da caderneta a 70% da taxa básica de juros da economia (Selic), a modalidade vem batendo mês a mês recordes de captação líquida. No acumulado do ano, até outubro, as aplicações superaram os resgates em R$ 36,43 bilhões. No mesmo período, até outubro, os fundos de investimento registraram captação líquida de R$ 104,44 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O patrimônio líquido total da indústria de fundos de investimento soma R$ 2,18 trilhões. O levantamento da Anbima mostra ainda que quase a metade dos recursos - R$ 1,04 trilhão - está sob gestão das três maiores instituições do mercado brasileiro: BANCO DO BRASIL, Itaú Unibanco e Bradesco.

Fazer investimentos ainda não é um hábito dos brasileiros. A maior parte deles, 61%, não tem nenhuma aplicação financeira segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O levantamento - encomendado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) - foi realizado nas 27 capitais brasileiras. Foram ouvidas 623 pessoas.

O índice de investidores sobe um pouco quando se trata das classes A e B - 52% dos entrevistados dessa faixa de renda disseram ter o costume de fazer aplicações financeiras. Nas faixas C e D, o percentual é menor, de 29%.

Dentre os que têm aplicações financeiras como hábito, a opção preferida é a poupança. A caderneta é a única aplicação financeira de 27% dos entrevistados. Nas classes A e B, esse percentual é de 31%. Outros 7% disseram usar a caderneta de poupança conjuntamente com diferentes modalidades de investimentos. Apenas 5% dos consumidores ouvidos afirmaram que investem, mas que não têm recursos em poupança.

Nas classes C e D, as alternativas à poupança têm menos espaço. Apenas 4% dos entrevistados dessa faixa de renda disseram recorrer a outras opções para realizar investimentos de seus recursos.

Para Nelson Barrizzelli, economista do SPC Brasil, a preferência do brasileiro pela caderneta se explica pela segurança oferecida pela modalidade. "[A poupança] tem garantia do governo, não tem incidência de imposto de renda e não cobra encargos sobre operações financeiras", afirma Barrizzelli, acrescentando que a caderneta tem sido cada vez mais usada como reserva de liquidez, ou seja, para uso em situações de emergência. É bom lembrar que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante até R$ 70 mil por CPF por instituição financeira.

Mesmo depois da alteração das regras de remuneração da poupança, que reduziu o rendimento da caderneta a 70% da taxa básica de juros da economia (Selic), a modalidade vem batendo mês a mês recordes de captação líquida. No acumulado do ano, até outubro, as aplicações superaram os resgates em R$ 36,43 bilhões.

No mesmo período, até outubro, os fundos de investimento registraram captação líquida de R$ 104,44 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O patrimônio líquido total da indústria de fundos de investimento soma R$ 2,18 trilhões.

O levantamento da Anbima mostra ainda que quase a metade dos recursos - R$ 1,04 trilhão - está sob gestão das três maiores instituições do mercado brasileiro: BANCO DO BRASIL, Itaú Unibanco e Bradesco.

FONTE: Valor Econômico

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