O consumo está transformando os lares da classe D. Na cozinha da dona de casa Maria Sueli Araújo Rodrigues, 42 anos, há geladeira, forno elétrico e sanduicheira recém-comprados. Na área ao lado, uma máquina de lavar com menos de dois meses de uso. Ela mora em uma casa alugada no Itapoã com três filhos e o marido. A renda fixa da família de Sueli, R$ 700, é fruto do trabalho do filho de 21 anos. O esposo, que é pedreiro, faz bicos para incrementar os ganhos. "Com a máquina de lavar, a roupa dele, que chega muito suja, fica limpinha. Agora, quero comprar um sofá e camas para os quartos. A televisão, vou trocar", revela. Prioridades Também do Itapoã, Edivaldo Ferreira Almeida, 55 anos, e sua mulher, Eliene da Silva Almeida, 37, moram com os seis filhos em uma casa que construíram. Aposentado por acidente de trabalho, ele recebe R$ 620 de benefício previdenciário. A esposa, que é manicure, ganha mais R$ 450, dos quais dois terços são gastos para pagar o curso de técnica em enfermagem. Os dois filhos mais velhos do casal fazem estágio e ganham juntos mais R$ 500. "As crianças compraram um computador recentemente. Espero ganhar mais quando estiver formada para terminar de mobiliar a casa e fazer uma pintura", conta Eliene. O casal Raimundo Nonato Bandeira Braz, 38 anos, e Graziela Bandeira Braz, 36, de São Sebastião, começou a trocar os eletrodomésticos de casa após quitar as prestações dos móveis para o quarto da filha Maria Eduarda, de dois meses. Eles aproveitaram a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para comprar dois fogões: um para a casa e outro para presentear um casal de amigos. "Ganho R$ 1,6 mil como sushiman e sempre faço as compras parceladas, para as prestações caberem no bolso. Hoje é mais fácil ter acesso a crédito. Depois de pagar esses eletrodomésticos vamos comprar um sofá novo." (AT) » Exigência Segundo o sócio-diretor da Data Popular Renato Meirelles, os clientes da classe D são exigentes. Fazem pesquisas de preços baseadas na divulgação boca a boca e em marcas famosas que são padrão de referência. "Como eles têm o dinheiro contado, não podem ser surpreendidos com produtos de baixa qualidade", diz.
O consumo está transformando os lares da classe D. Na cozinha da dona de casa Maria Sueli Araújo Rodrigues, 42 anos, há geladeira, forno elétrico e sanduicheira recém-comprados. Na área ao lado, uma máquina de lavar com menos de dois meses de uso. Ela mora em uma casa alugada no Itapoã com três filhos e o marido.
A renda fixa da família de Sueli, R$ 700, é fruto do trabalho do filho de 21 anos. O esposo, que é pedreiro, faz bicos para incrementar os ganhos. “Com a máquina de lavar, a roupa dele, que chega muito suja, fica limpinha. Agora, quero comprar um sofá e camas para os quartos. A televisão, vou trocar”, revela.
Prioridades
Também do Itapoã, Edivaldo Ferreira Almeida, 55 anos, e sua mulher, Eliene da Silva Almeida, 37, moram com os seis filhos em uma casa que construíram. Aposentado por acidente de trabalho, ele recebe R$ 620 de benefício previdenciário. A esposa, que é manicure, ganha mais R$ 450, dos quais dois terços são gastos para pagar o curso de técnica em enfermagem.
Os dois filhos mais velhos do casal fazem estágio e ganham juntos mais R$ 500. “As crianças compraram um computador recentemente. Espero ganhar mais quando estiver formada para terminar de mobiliar a casa e fazer uma pintura”, conta Eliene.
O casal Raimundo Nonato Bandeira Braz, 38 anos, e Graziela Bandeira Braz, 36, de São Sebastião, começou a trocar os eletrodomésticos de casa após quitar as prestações dos móveis para o quarto da filha Maria Eduarda, de dois meses. Eles aproveitaram a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para comprar dois fogões: um para a casa e outro para presentear um casal de amigos.
“Ganho R$ 1,6 mil como sushiman e sempre faço as compras parceladas, para as prestações caberem no bolso. Hoje é mais fácil ter acesso a crédito. Depois de pagar esses eletrodomésticos vamos comprar um sofá novo.” (AT)
» Exigência
Segundo o sócio-diretor da Data Popular Renato Meirelles, os clientes da classe D são exigentes. Fazem pesquisas de preços baseadas na divulgação boca a boca e em marcas famosas que são padrão de referência. “Como eles têm o dinheiro contado, não podem ser surpreendidos com produtos de baixa qualidade”, diz.
FONTE: Correio Braziliense