Se já não bastassem a desaceleração da economia da China e o mergulho do preço do minério de ferro, a Vale trouxe ontem mais uma notícia negativa, arrastando a Bovespa para baixo. A mineradora fará uma provisão extra de R$ 1,1 bilhão no balanço do terceiro trimestre devido à provável perda na discussão judicial sobre a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). O montante se junta a outros R$ 314 milhões já provisionados. O tributo foi instituído no ano passado e vem sendo cobrado desde abril. Em agosto, a Advocacia-Geral da União deu parecer favorável à cobrança da taxa pelo Estado de Minas Gerais. A ação PNA caiu 2,93%, para R$ 32,12; enquanto a ON recuou 3,27%, para R$ 32,45. Os dois papéis, que juntos respondem por 12% do Ibovespa, pressionaram novamente o índice, que terminou em baixa de 1,83%, aos 56.233 pontos, e volume de R$ 6 bilhões. Com o a queda de ontem, a bolsa brasileira voltou a acumular perda de 0,9% no ano. O sócio-diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno, lembra que as ações da Vale sofrem há algumas semanas por causa da China. Ontem, os investidores souberam que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), indicador de atividade econômica medido pelo HSBC, recuou para 47,6 em agosto, o menor nível desde março de 2009. "Os dados fracos da China penalizam não só a Vale, mas todas as produtoras de commodities. A preocupação com o ritmo de crescimento chinês permanece." A Vale também fechou uma captação de US$ 1,5 bilhão em bônus de 30 anos, mas a notícia não surpreendeu os analistas. A queda na receita devido ao recuo do preço do minério obriga a companhia a buscar recursos no mercado para honrar seus compromissos - entre eles, a distribuição de US$ 3 bilhões em dividendos no mês que vem. Outro papel que apanhou foi CSN ON (-4,97%, a R$ 9,56), por razões semelhantes às da Vale. Uma decisão em primeira instância da Justiça de Minas Gerais determinou que a empresa e sua controlada Namisa continuem pagando a Taxa de Fiscalização de Recursos Minerais (TRFM) na exploração de minério de ferro, em vigor desde março. A taxa foi criada em 2011 pelo governo mineiro. No fim das contas, apenas 8 das 69 ações do índice encerraram o dia em alta. Entre elas, CCR ON (1,05%, a R$ 18,19) e Pão de Açúcar PN (0,95%, a R$ 85,41). A empresa de concessões de rodovias está entre as preferidas das corretoras por seu perfil defensivo, como mostra a Carteira Valor. "Empresas de concessões, de forma geral, possuem fluxo de caixa previsível", aponta Ricardo Zeno, que também vê uma preferência dos investidores por ações de varejo neste momento. Fora do Ibovespa, o destaque foi Positivo ON (13,71%, a R$ 6,30). A empresa de computadores decidiu entrar também no mercado de celulares e smartphones. Na Europa, os mercados acionários fecharam no vermelho. A bolsa de Londres caiu 1,50%, enquanto Frankfurt, desceu 1,17%.
Se já não bastassem a desaceleração da economia da China e o mergulho do preço do minério de ferro, a Vale trouxe ontem mais uma notícia negativa, arrastando a Bovespa para baixo. A mineradora fará uma provisão extra de R$ 1,1 bilhão no balanço do terceiro trimestre devido à provável perda na discussão judicial sobre a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). O montante se junta a outros R$ 314 milhões já provisionados. O tributo foi instituído no ano passado e vem sendo cobrado desde abril. Em agosto, a Advocacia-Geral da União deu parecer favorável à cobrança da taxa pelo Estado de Minas Gerais.
A ação PNA caiu 2,93%, para R$ 32,12; enquanto a ON recuou 3,27%, para R$ 32,45. Os dois papéis, que juntos respondem por 12% do Ibovespa, pressionaram novamente o índice, que terminou em baixa de 1,83%, aos 56.233 pontos, e volume de R$ 6 bilhões. Com o a queda de ontem, a bolsa brasileira voltou a acumular perda de 0,9% no ano.
O sócio-diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno, lembra que as ações da Vale sofrem há algumas semanas por causa da China. Ontem, os investidores souberam que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), indicador de atividade econômica medido pelo HSBC, recuou para 47,6 em agosto, o menor nível desde março de 2009. "Os dados fracos da China penalizam não só a Vale, mas todas as produtoras de commodities. A preocupação com o ritmo de crescimento chinês permanece."
A Vale também fechou uma captação de US$ 1,5 bilhão em bônus de 30 anos, mas a notícia não surpreendeu os analistas. A queda na receita devido ao recuo do preço do minério obriga a companhia a buscar recursos no mercado para honrar seus compromissos - entre eles, a distribuição de US$ 3 bilhões em dividendos no mês que vem.
Outro papel que apanhou foi CSN ON (-4,97%, a R$ 9,56), por razões semelhantes às da Vale. Uma decisão em primeira instância da Justiça de Minas Gerais determinou que a empresa e sua controlada Namisa continuem pagando a Taxa de Fiscalização de Recursos Minerais (TRFM) na exploração de minério de ferro, em vigor desde março. A taxa foi criada em 2011 pelo governo mineiro.
No fim das contas, apenas 8 das 69 ações do índice encerraram o dia em alta. Entre elas, CCR ON (1,05%, a R$ 18,19) e Pão de Açúcar PN (0,95%, a R$ 85,41). A empresa de concessões de rodovias está entre as preferidas das corretoras por seu perfil defensivo, como mostra a Carteira Valor. "Empresas de concessões, de forma geral, possuem fluxo de caixa previsível", aponta Ricardo Zeno, que também vê uma preferência dos investidores por ações de varejo neste momento. Fora do Ibovespa, o destaque foi Positivo ON (13,71%, a R$ 6,30). A empresa de computadores decidiu entrar também no mercado de celulares e smartphones.
Na Europa, os mercados acionários fecharam no vermelho. A bolsa de Londres caiu 1,50%, enquanto Frankfurt, desceu 1,17%.
FONTE: Valor Econômico