GOVERNO ELEVA IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO DE 100 ITENS

Tamanho da Letra:

Alíquotas de produtos de siderurgia, bens de capital, petroquímica e medicamentos irão de 12% a 18% para 25% O governo aprovou a elevação do Imposto de Importação para 100 tipos de produtos de setores como bens de capital, siderurgia, petroquímica e medicamentos. Até outubro, a lista será ampliada para 200 itens. Com a medida, que será adotada por todos os países do Mercosul, o governo quer proteger o mercado doméstico da concorrência de importados num momento em que a crise reduziu a demanda mundial. Grande parte das alíquotas, que variavam entre 12% e 18%, passou a 25%. O novo imposto valerá para as compras brasileiras de que não pertencem ao Mercosul. Para o governo brasileiro, a medida não desrespeita as regras da Organização Mundial do Comércio. Na opinião do ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero, a medida é paliativa e não resolve o problema da indústria. Lista de 100 produtos inclui setores de siderurgia, petroquímica, medicamentos e bens de capital; alíquotas de 12% e 18% passam a 25% O governo anunciou ontem a elevação do Imposto de Importação para 100 tipos de produtos. Estão incluídos na lista mercadorias de setores como bens de capital, siderurgia, petroquímica e medicamentos. As alíquotas de importação, que variavam entre 12% e 18%, passaram para 25%. Com a medida, o governo quer proteger a indústria da concorrência dos importados. A previsão é que as alíquotas entrem em vigor em 26 de setembro. A alta foi acertada com os sócios do Mercosul e valerá para as compras brasileiras de fora do bloco econômico. Até outubro, a lista deverá ser ampliada para 200 produtos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que o governo vai monitorar o mercado para evitar que as empresas reajustem os preços para aproveitar a alta da tarifa. Para muitos economistas, porém, a medida pode levar a um aumento de preços e não deve resolver o problema da indústria. "Medidas de elevação de tarifa correspondem, no comércio exterior, ao que são esses paliativos de redução do IPI internamente. Não vão ao fundo do problema", disse Rubens Ricupero, ex-secretário geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e ex-ministro da Fazenda. Paulo Rabello de Castro, sócio da RC Consultores, avalia que a medida "é um tiro no pé". Segundo ele, é cedo para avaliar, mas em alguns setores, com poucos competidores, a demanda tende a aumentar e o reajuste pode ser inevitável. "Quem amplia alíquota de proteção o faz por uma razão externa, portanto a medida deveria valer independentemente do comportamento dos preços." Para o economista-chefe da MCM Consultores Associados, Cláudio Adilson, a medida é "casuística, protecionista e retrógrada". Ele vê na iniciativa mais um elemento de incerteza para investimentos do setor produtivo. "O governo deu um passo atrás em termos de qualidade de política macroeconômica e partiu para o protecionismo." O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, porém, fez questão de ressaltar que o aumento do imposto não desrespeita as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

líquotas de produtos de siderurgia, bens de capital, petroquímica e medicamentos irão de 12% a 18% para 25%

O governo aprovou a elevação do Imposto de Importação para 100 tipos de produtos de setores como bens de capital, siderurgia, petroquímica e medicamentos. Até outubro, a lista será ampliada para 200 itens. Com a medida, que será adotada por todos os países do Mercosul, o governo quer proteger o mercado doméstico da concorrência de importados num momento em que a crise reduziu a demanda mundial. Grande parte das alíquotas, que variavam entre 12% e 18%, passou a 25%. O novo imposto valerá para as compras brasileiras de que não pertencem ao Mercosul. Para o governo brasileiro, a medida não desrespeita as regras da Organização Mundial do Comércio. Na opinião do ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero, a medida é paliativa e não resolve o problema da indústria.

 

Lista de 100 produtos inclui setores de siderurgia, petroquímica, medicamentos e bens de capital; alíquotas de 12% e 18% passam a 25%


O governo anunciou ontem a elevação do Imposto de Importação para 100 tipos de produtos. Estão incluídos na lista mercadorias de setores como bens de capital, siderurgia, petroquímica e medicamentos. As alíquotas de importação, que variavam entre 12% e 18%, passaram para 25%.

Com a medida, o governo quer proteger a indústria da concorrência dos importados. A previsão é que as alíquotas entrem em vigor em 26 de setembro.

A alta foi acertada com os sócios do Mercosul e valerá para as compras brasileiras de fora do bloco econômico. Até outubro, a lista deverá ser ampliada para 200 produtos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que o governo vai monitorar o mercado para evitar que as empresas reajustem os preços para aproveitar a alta da tarifa.

Para muitos economistas, porém, a medida pode levar a um aumento de preços e não deve resolver o problema da indústria. "Medidas de elevação de tarifa correspondem, no comércio exterior, ao que são esses paliativos de redução do IPI internamente. Não vão ao fundo do problema", disse Rubens Ricupero, ex-secretário geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e ex-ministro da Fazenda.

Paulo Rabello de Castro, sócio da RC Consultores, avalia que a medida "é um tiro no pé". Segundo ele, é cedo para avaliar, mas em alguns setores, com poucos competidores, a demanda tende a aumentar e o reajuste pode ser inevitável. "Quem amplia alíquota de proteção o faz por uma razão externa, portanto a medida deveria valer independentemente do comportamento dos preços."

Para o economista-chefe da MCM Consultores Associados, Cláudio Adilson, a medida é "casuística, protecionista e retrógrada". Ele vê na iniciativa mais um elemento de incerteza para investimentos do setor produtivo. "O governo deu um passo atrás em termos de qualidade de política macroeconômica e partiu para o protecionismo."

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, porém, fez questão de ressaltar que o aumento do imposto não desrespeita as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

FONTE: O Estado de S. Paulo

Boletim Eletrônico

Inscreva-se em nosso Boletim Eletrônico para manter-se informado.

Mensagem da AFABB-DF

Associação com 21 anos (2000 - 2021) de atuação permanente na defesa e preservação dos interesses dos associados, o que determina nossa razão de ser!

Sempre mais forte com sua participação,

A AFABB-DF

Contato

 O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 +55 61 3226 9718 | 3323 2781
 Setor Bancário Sul | Quadra 02 | Bloco A | Edifício Casa de São Paulo | Sala 603 | Brasília/DF | CEP: 70078-900