O governo vem se reunindo com a indústria de televisores para viabilizar a oferta de um novo modelo de aparelho de TV com recepção digital, mais simples e de menor custo. Tal iniciativa foi inspirada na estratégia usada para popularizar a recepção do sinal digital adotado pelo governo sul-coreano. Para atingir esse objetivo, o Ministério das Comunicações planeja isentar a venda desses aparelhos no varejo da cobrança de PIS/Cofins. "Estamos buscando uma alternativa intermediária entre os set-top-boxes [aparelho conversor de sinal digital para TV analógica] e os televisores disponíveis atualmente nas lojas", afirmou o secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, que esteve na semana passada com os fabricantes para tratar do assunto. A ideia, segundo o técnico do governo, é abastecer as lojas com esse modelo de aparelho quando começar o desligamento das transmissões da TV analógica. Martinhão avalia recursos mais sofisticados incluídos nos atuais televisores com recepção digital, ou mesmo nos conversores de sinal das TVs convencionais, elevam os preços e inviabilizam a compra por parte da população de baixa renda. Segundo ele, a grande quantidade de entradas e saídas de cabos para conexão com computador ou outros dispositivos sofisticados de som e imagem são dispensáveis, dependendo do perfil e necessidade do consumidor. Com a retirada de recursos tecnológicos que não afetem a qualidade de imagem, o aumento da escala de produção e os incentivos fiscais, espera-se uma queda de 40% do custo para os consumidores, em relação aos aparelhos comercializados atualmente. Com isso, uma TV de 22 a 24 polegadas que não tiver o pacote avançado de recursos poderá ter seu preço atual reduzido da faixa de R$ 600 para R$ 360. A oferta de TVs de baixo custo tende a diminuir a pressão sobre o conjunto de ações que estão sendo programadas pelo governo para as cidades que terão o sinal analógico desligado. Em reportagem publicada ontem no Valor, o secretário de comunicação eletrônica do ministério, Genildo Lins, afirmou que um dos critérios para escolha das primeiras cidades que passarão pelo "apagão analógico" está relacionado à renda da população. Acredita-se que quanto melhor a condição financeira do município, maior o percentual de casas com receptor digital. O governo estima que pouco mais de 40% dos 60 milhões de lares brasileiros dispõem de receptor de sinal digital. Já em 2015, o país poderá contar com um receptor para cada domicílio. Porém, como muitas casas terão mais de um aparelho com a nova tecnologia, ainda poderá haver um déficit de 2 milhões de residências sem a TV digital. Técnicos do governo estiveram Estados Unidos, no Japão e na Coreia do Sul para conhecer as experiências com a migração para o padrão digital. Lins disse que nos EUA foram distribuídos cupons para a população adquirir o conversor de sinal. Segundo ele, o governo poderá adotar uma medida similar para garantir que nenhum brasileiro fique sem TV aberta quando o sinal analógico for desligado. "Gosto da ideia. No nosso caso, podemos incluir o valor no cartão do Bolsa Família. Seria um depósito condicionado à compra do receptor no varejo, não da TV", disse.
O governo vem se reunindo com a indústria de televisores para viabilizar a oferta de um novo modelo de aparelho de TV com recepção digital, mais simples e de menor custo. Tal iniciativa foi inspirada na estratégia usada para popularizar a recepção do sinal digital adotado pelo governo sul-coreano. Para atingir esse objetivo, o Ministério das Comunicações planeja isentar a venda desses aparelhos no varejo da cobrança de PIS/Cofins.
"Estamos buscando uma alternativa intermediária entre os set-top-boxes [aparelho conversor de sinal digital para TV analógica] e os televisores disponíveis atualmente nas lojas", afirmou o secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, que esteve na semana passada com os fabricantes para tratar do assunto. A ideia, segundo o técnico do governo, é abastecer as lojas com esse modelo de aparelho quando começar o desligamento das transmissões da TV analógica.
Martinhão avalia recursos mais sofisticados incluídos nos atuais televisores com recepção digital, ou mesmo nos conversores de sinal das TVs convencionais, elevam os preços e inviabilizam a compra por parte da população de baixa renda. Segundo ele, a grande quantidade de entradas e saídas de cabos para conexão com computador ou outros dispositivos sofisticados de som e imagem são dispensáveis, dependendo do perfil e necessidade do consumidor.
Com a retirada de recursos tecnológicos que não afetem a qualidade de imagem, o aumento da escala de produção e os incentivos fiscais, espera-se uma queda de 40% do custo para os consumidores, em relação aos aparelhos comercializados atualmente. Com isso, uma TV de 22 a 24 polegadas que não tiver o pacote avançado de recursos poderá ter seu preço atual reduzido da faixa de R$ 600 para R$ 360.
A oferta de TVs de baixo custo tende a diminuir a pressão sobre o conjunto de ações que estão sendo programadas pelo governo para as cidades que terão o sinal analógico desligado. Em reportagem publicada ontem no Valor, o secretário de comunicação eletrônica do ministério, Genildo Lins, afirmou que um dos critérios para escolha das primeiras cidades que passarão pelo "apagão analógico" está relacionado à renda da população. Acredita-se que quanto melhor a condição financeira do município, maior o percentual de casas com receptor digital.
O governo estima que pouco mais de 40% dos 60 milhões de lares brasileiros dispõem de receptor de sinal digital. Já em 2015, o país poderá contar com um receptor para cada domicílio. Porém, como muitas casas terão mais de um aparelho com a nova tecnologia, ainda poderá haver um déficit de 2 milhões de residências sem a TV digital.
Técnicos do governo estiveram Estados Unidos, no Japão e na Coreia do Sul para conhecer as experiências com a migração para o padrão digital. Lins disse que nos EUA foram distribuídos cupons para a população adquirir o conversor de sinal. Segundo ele, o governo poderá adotar uma medida similar para garantir que nenhum brasileiro fique sem TV aberta quando o sinal analógico for desligado. "Gosto da ideia. No nosso caso, podemos incluir o valor no cartão do Bolsa Família. Seria um depósito condicionado à compra do receptor no varejo, não da TV", disse.
FONTE: Valor Econômico