SÃO PAULO Quase todos os acordos salariais fechados no primeiro semestre deste ano resultaram em aumentos reais (acima da inflação) aos trabalhadores. Balanço divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 97% dos 367 acordos registrados no Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS) firmados entre patrões e empregados até junho ficaram em média 2,23% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Trata-se do melhor resultado para o período desde que o levantamento começou a ser feito pelo Dieese, em 1996. Somente duas categorias, do setor de serviços, levaram reajustes abaixo da inflação. - Isso demonstra que não basta apenas o crescimento econômico para se conseguir bons resultados em negociações salariais. Também pesam outros fatores, como inflação e juros mais baixos, o aumento da oferta de crédito, a política de valorização do salário mínimo e também as medidas de incentivos à produção, como a redução de IPI e desoneração de folha - disse José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Dieese. Em relação ao mesmo período de 2011, houve crescimento substancial no percentual de categorias que tiveram reajuste real acima de 5%. Em 2011, eram apenas 2,2% das 370 categorias analisadas pelo Dieese. Passou a 8,1% este ano. Segundo Silvestre, no segundo semestre a expectativa é de que as categorias mantenham essa "trajetória de ganhos" e até aumentem o ganho real. (Lino Rodrigues)
SÃO PAULO Quase todos os acordos salariais fechados no primeiro semestre deste ano resultaram em aumentos reais (acima da inflação) aos trabalhadores. Balanço divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 97% dos 367 acordos registrados no Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS) firmados entre patrões e empregados até junho ficaram em média 2,23% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Trata-se do melhor resultado para o período desde que o levantamento começou a ser feito pelo Dieese, em 1996. Somente duas categorias, do setor de serviços, levaram reajustes abaixo da inflação.
- Isso demonstra que não basta apenas o crescimento econômico para se conseguir bons resultados em negociações salariais. Também pesam outros fatores, como inflação e juros mais baixos, o aumento da oferta de crédito, a política de valorização do salário mínimo e também as medidas de incentivos à produção, como a redução de IPI e desoneração de folha - disse José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Dieese.
Em relação ao mesmo período de 2011, houve crescimento substancial no percentual de categorias que tiveram reajuste real acima de 5%. Em 2011, eram apenas 2,2% das 370 categorias analisadas pelo Dieese. Passou a 8,1% este ano.
Segundo Silvestre, no segundo semestre a expectativa é de que as categorias mantenham essa "trajetória de ganhos" e até aumentem o ganho real. (Lino Rodrigues)
FONTE: O Globo