Passagens devem subir

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Companhias aéreas dizem que, com o dólar mais caro e os preços elevados do querosene de aviação, reajuste é apenas questão de tempo As duas maiores companhias aéreas do país, TAM e Gol, já admitem repassar às passagens os aumentos do querosene de aviação e outros custos afetados pela alta do dólar. Depois de amargarem pesados prejuízos no último trimestre, as donas de 75% do mercado doméstico anunciaram ontem que a continuidade do atual quadro adverso tornará inevitável o reajuste dos bilhetes. "Não há projeção para aumento do valor das passagens a curto prazo, mas caso a situação do câmbio e da elevação do combustível permaneça, a alta do valor das tarifas é questão de tempo", afirmou Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Gol. Igual afirmação foi feita por Marco Antonio Bologna, presidente da TAM, com a ressalva de que a eventual "recuperação tarifária" terá como limite o bolso dos consumidores. "O aumento vai até onde o mercado pode absorver", ressaltou. Segundo Kakinoff, a Gol espera um resultado financeiro melhor no segundo semestre do que no primeiro. Apesar disso, o desempenho ainda será insuficiente para a empresa do setor voltar ao azul. No segundo trimestre, a vice-líder do setor teve prejuízo líquido de R$ 715,1 milhões. "Como não há nenhuma projeção, neste semestre, de valorização do real ou de redução significativa no preço do querosene, não podemos falar ainda em retorno da lucratividade", resumiu. Na TAM, as perdas somaram R$ 928 milhões. Demissões O presidente da Gol explica que o mau desempenho de abril a junho foi consequência "da situação mais adversa" enfrentada pela empresa em toda a sua história. Entre os fatores combinados que, segundo ele, levaram ao resultado negativo, estão o aumento no valor do combustível, a valorização do dólar frente ao real e a queda na demanda, dentro de uma tendência mundial. Os ajustes feitos pela empresa, com redução do número de voos e demissão de parte dos funcionários, vão, a seu ver, ajudar na recuperação. Bologna faz avaliação semelhante, ressaltando que o setor sofreu "relevante choque de custos". Somente a valorização do dólar acabou tendo forte impacto sobre as despesas das companhias, boa parte em moeda estrangeira. Além disso, houve o aumento do preço da querosene de aviação e a elevação das tarifas aeroportuárias. » Integração demorada A integração operacional da brasileira TAM e da chilena LAN, que anunciaram no fim de junho a conclusão de um processo de fusão, criando a Latam, levará mais tempo que o esperado. Executivos das duas empresas estão tendo dificuldade para integrar os sistemas de vendas de bilhetes e de gerências de negócios. "Isso ainda vai dar muita dor de cabeça", revelou um executivo da TAM ao Correio. A TAM também está indecisa sobre qual aliança internacional irá escolher em substituição à Star Alliance, que terá que deixar em razão da determinação do sistema de defesa da concorrência do Chile. Ela tende a ingressar na Oneworld, mas também avalia a opção pela SkyTeam.

Companhias aéreas dizem que, com o dólar mais caro e os preços elevados do querosene de aviação, reajuste é apenas questão de tempo

As duas maiores companhias aéreas do país, TAM e Gol, já admitem repassar às passagens os aumentos do querosene de aviação e outros custos afetados pela alta do dólar. Depois de amargarem pesados prejuízos no último trimestre, as donas de 75% do mercado doméstico anunciaram ontem que a continuidade do atual quadro adverso tornará inevitável o reajuste dos bilhetes.

"Não há projeção para aumento do valor das passagens a curto prazo, mas caso a situação do câmbio e da elevação do combustível permaneça, a alta do valor das tarifas é questão de tempo", afirmou Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Gol. Igual afirmação foi feita por Marco Antonio Bologna, presidente da TAM, com a ressalva de que a eventual "recuperação tarifária" terá como limite o bolso dos consumidores. "O aumento vai até onde o mercado pode absorver", ressaltou.

Segundo Kakinoff, a Gol espera um resultado financeiro melhor no segundo semestre do que no primeiro. Apesar disso, o desempenho ainda será insuficiente para a empresa do setor voltar ao azul. No segundo trimestre, a vice-líder do setor teve prejuízo líquido de R$ 715,1 milhões. "Como não há nenhuma projeção, neste semestre, de valorização do real ou de redução significativa no preço do querosene, não podemos falar ainda em retorno da lucratividade", resumiu. Na TAM, as perdas somaram R$ 928 milhões.

Demissões
O presidente da Gol explica que o mau desempenho de abril a junho foi consequência "da situação mais adversa" enfrentada pela empresa em toda a sua história. Entre os fatores combinados que, segundo ele, levaram ao resultado negativo, estão o aumento no valor do combustível, a valorização do dólar frente ao real e a queda na demanda, dentro de uma tendência mundial. Os ajustes feitos pela empresa, com redução do número de voos e demissão de parte dos funcionários, vão, a seu ver, ajudar na recuperação.

Bologna faz avaliação semelhante, ressaltando que o setor sofreu "relevante choque de custos". Somente a valorização do dólar acabou tendo forte impacto sobre as despesas das companhias, boa parte em moeda estrangeira. Além disso, houve o aumento do preço da querosene de aviação e a elevação das tarifas aeroportuárias.

» Integração demorada

A integração operacional da brasileira TAM e da chilena LAN, que anunciaram no fim de junho a conclusão de um processo de fusão, criando a Latam, levará mais tempo que o esperado. Executivos das duas empresas estão tendo dificuldade para integrar os sistemas de vendas de bilhetes e de gerências de negócios. "Isso ainda vai dar muita dor de cabeça", revelou um executivo da TAM ao Correio. A TAM também está indecisa sobre qual aliança internacional irá escolher em substituição à Star Alliance, que terá que deixar em razão da determinação do sistema de defesa da concorrência do Chile. Ela tende a ingressar na Oneworld, mas também avalia a opção pela SkyTeam.

FONTE: Correio Braziliense

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