TIM se antecipa à Anatel e começará a usar nova regra para ligação de celular

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A proposta de regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que dará 120 segundos para que os usuários de celulares possam refazer ligações que caiam é "uma oportunidade para se desfazer mal-entendidos", na avaliação do vice-presidente da TIM, Mário Girasole. Em entrevista à "Agência Estado", o executivo afirmou que a companhia nunca lucrou com a queda de chamadas dos planos Infinity. "Depois de um período de grande turbulência midiática, uma medida como essa dará mais clareza e transparência ao nosso modelo de serviços ilimitados. Enxergamos como uma oportunidade para limpar a mesa dessas polêmicas", disse Girasole. Na semana passada, o Ministério Público do Paraná divulgou um relatório preliminar de fiscalização da Anatel que apontava que, em apenas um dia, a companhia teria faturado R$ 4,3 milhões pelo desligamento proposital das ligações de 8,2 milhões de usuários. Com o novo regulamento, esse cenário não voltaria a ocorrer. "Não podemos falar em perda de receita, porque essa questão da queda de chamadas não gera ganhos que possam ter relevância para uma empresa do tamanho da TIM", argumentou o executivo. Nos planos de ligações ilimitadas, como o Infinity, da TIM, o usuário é cobrado pelo número de chamadas que faz, e não pelo tempo que dura cada ligação. Críticas. Girasole voltou a criticar o relatório da Anatel, classificando-o como "impreciso", e disse que a TIM espera que o julgamento desse processo ocorra o mais rápido possível. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pediu que o órgão regulador apresse a tramitação do caso, que deve ser julgado pelo conselho até outubro. "Já apresentamos nossa defesa apontado as diversas falhas da fiscalização e, caso seja necessário, vamos entregar mais análises e evidências de que a TIM não poderia derrubar chamadas deliberadamente", completou o vice-presidente da companhia. Enquanto o caso não chega ao seu trâmite final, a TIM se propôs a adotar as novas regras - adiantadas na segunda-feira pela Agência Estado - antes mesmo da exigência da Anatel, que só deve ser aprovada daqui a um mês. Segundo informe divulgado ontem, a companhia já vai começar a aplicar na próxima semana os dois minutos de tolerância para a recuperação de ligações em seis Estados do Nordeste. "A medida está sendo tomada pela agência em função da evolução tecnológica que permite a adaptação rápida das plataformas e por causa do crescimento da oferta dos planos ilimitados. De certa forma, isso também significa reconhecer que a TIM foi a primeira a oferecer o serviço", avaliou Girasole. Ontem, o conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara, afirmou que a atualização da regra está alinhada com a nova realidade de oferta massiva desses planos e foi tomada considerando os resultados da fiscalização da agência. "O que o usuário quer é que a chamada não caia e, se cair, que ele não seja penalizado por isso. Queremos que o consumidor não tenha prejuízo", concluiu. / COLABOROU AYR ALISKI

A proposta de regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que dará 120 segundos para que os usuários de celulares possam refazer ligações que caiam é "uma oportunidade para se desfazer mal-entendidos", na avaliação do vice-presidente da TIM, Mário Girasole. Em entrevista à "Agência Estado", o executivo afirmou que a companhia nunca lucrou com a queda de chamadas dos planos Infinity.

"Depois de um período de grande turbulência midiática, uma medida como essa dará mais clareza e transparência ao nosso modelo de serviços ilimitados. Enxergamos como uma oportunidade para limpar a mesa dessas polêmicas", disse Girasole.

Na semana passada, o Ministério Público do Paraná divulgou um relatório preliminar de fiscalização da Anatel que apontava que, em apenas um dia, a companhia teria faturado R$ 4,3 milhões pelo desligamento proposital das ligações de 8,2 milhões de usuários. Com o novo regulamento, esse cenário não voltaria a ocorrer.

"Não podemos falar em perda de receita, porque essa questão da queda de chamadas não gera ganhos que possam ter relevância para uma empresa do tamanho da TIM", argumentou o executivo. Nos planos de ligações ilimitadas, como o Infinity, da TIM, o usuário é cobrado pelo número de chamadas que faz, e não pelo tempo que dura cada ligação.

Críticas. Girasole voltou a criticar o relatório da Anatel, classificando-o como "impreciso", e disse que a TIM espera que o julgamento desse processo ocorra o mais rápido possível. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pediu que o órgão regulador apresse a tramitação do caso, que deve ser julgado pelo conselho até outubro.

"Já apresentamos nossa defesa apontado as diversas falhas da fiscalização e, caso seja necessário, vamos entregar mais análises e evidências de que a TIM não poderia derrubar chamadas deliberadamente", completou o vice-presidente da companhia.

Enquanto o caso não chega ao seu trâmite final, a TIM se propôs a adotar as novas regras - adiantadas na segunda-feira pela Agência Estado - antes mesmo da exigência da Anatel, que só deve ser aprovada daqui a um mês.

Segundo informe divulgado ontem, a companhia já vai começar a aplicar na próxima semana os dois minutos de tolerância para a recuperação de ligações em seis Estados do Nordeste.

"A medida está sendo tomada pela agência em função da evolução tecnológica que permite a adaptação rápida das plataformas e por causa do crescimento da oferta dos planos ilimitados. De certa forma, isso também significa reconhecer que a TIM foi a primeira a oferecer o serviço", avaliou Girasole.

Ontem, o conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara, afirmou que a atualização da regra está alinhada com a nova realidade de oferta massiva desses planos e foi tomada considerando os resultados da fiscalização da agência. "O que o usuário quer é que a chamada não caia e, se cair, que ele não seja penalizado por isso. Queremos que o consumidor não tenha prejuízo", concluiu. / COLABOROU AYR ALISKI

FONTE: O Estado de S. Paulo

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