Lucro do BB cai 12% no semestre, a R$ 5 bi

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O Banco do Brasil (BB) fechou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 5,5 bilhões, 12,4% abaixo do mesmo período de 2011. Entre abril e junho, o ganho foi de R$ 3 bilhões, um salto de 20,2% ante o trimestre anterior, mas 9,8% menor que o do mesmo período do ano passado. Apesar das quedas, que se deveram ao aumento da provisão para perdas com empréstimos, o resultado superou as expectativas do mercado. O lucro foi puxado pelas operações de crédito. A carteira de empréstimos do BB atingiu R$ 459,8 bilhões no fim de junho, alta de 19,9% em 12 meses e a segunda maior alta entre os grandes bancos, atrás apenas da Caixa Econômica Federal, cuja carteira cresceu 45,1%. Segundo levantamento da Austin Rating, os dois bancos públicos foram os únicos cujas carteiras cresceram acima da média do setor, de 18,4%, nos 12 meses encerrados em junho. Com isso, ambos aumentaram suas fatias no mercado de crédito, enquanto os privados perderam participação. A carteira do Itaú Unibanco, segundo maior banco do país, cresceu 12,6% e a do Bradesco, o terceiro, teve alta de 11,3%. Embora tenha alavancado os resultados, o rápido crescimento das carteiras de BB e Caixa eleva o risco de inadimplência, observa o presidente da Austin Ratings, Erivelto Rodrigues: - Os bancos públicos irrigaram a economia com crédito desde a crise de 2008. Foi um papel importante para a economia brasileira, enquanto os bancos privados reduziram sua participação. A questão é até quando conseguem crescer mantendo a inadimplência baixa. No BB, os atrasos acima de 90 dias ficaram em 2,1% no semestre, contra 2% na Caixa, 4,2% no Bradesco e 5,2% no Itaú. Rodrigues acredita que os bancos públicos estejam renegociando dívidas em atraso, que, assim, entram como crédito novo na carteira, diminuindo a inadimplência. Para o presidente do BB, Aldemir Bendine, a baixa inadimplência se deve ao fato de o banco oferecer crédito principalmente a correntistas: - Estou trabalhando com minha base, que conheço, e sei onde posso correr risco com ela. Mesmo assim, o BB elevou em 26,6% suas provisões contra o calote, para R$ 6,9 bilhões. Segundo Bendine, a precaução se deve à possibilidade de uma piora no mercado de trabalho e também por causa do aumento da cobertura de provisões do banco Votorantim, controlado pelo BB em sociedade com a família Ermírio de Morais. O Votorantim fechou o semestre com R$ 1,13 bilhão de prejuízo, contra lucro de R$ 541 milhões no mesmo período de 2011. Em ativos, o BB continua na liderança, com R$ 1,051 trilhão, à frente de Itaú (R$ 888,8 bilhões) e Bradesco (R$ 830,5 bilhões). As ações ordinárias do BB caíram ontem 4,09% na Bolsa de Valores de São Paulo. EM RANKING GLOBAL, BRASILEIROS AINDA EM ALTA Os bancos brasileiros de capital aberto ficaram entre aqueles com o maior lucro líquido do mundo no segundo trimestre. Apesar de a desvalorização do real ter reduzido o resultado em dólar, o Itaú Unibanco ficou em 10º no ranking da Bloomberg News, com lucro de US$ 1,594 bilhão. O BB vem em 11º, com US$ 1,536 bilhão, e o Bradesco, em 15º, com US$ 1,446 bilhão. O ranking considera os bancos que já divulgaram o lucro do segundo trimestre, por isso estão de fora grandes instituições como Bank of China e Industrial e Commercial Bank of China

O Banco do Brasil (BB) fechou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 5,5 bilhões, 12,4% abaixo do mesmo período de 2011.

Entre abril e junho, o ganho foi de R$ 3 bilhões, um salto de 20,2% ante o trimestre anterior, mas 9,8% menor que o do mesmo período do ano passado.
Apesar das quedas, que se deveram ao aumento da provisão para perdas com empréstimos, o resultado superou as expectativas do mercado.
O lucro foi puxado pelas operações de crédito.
A carteira de empréstimos do BB atingiu R$ 459,8 bilhões no fim de junho, alta de 19,9% em 12 meses e a segunda maior alta entre os grandes bancos, atrás apenas da Caixa Econômica Federal, cuja carteira cresceu 45,1%.
Segundo levantamento da Austin Rating, os dois bancos públicos foram os únicos cujas carteiras cresceram acima da média do setor, de 18,4%, nos 12 meses encerrados em junho.
Com isso, ambos aumentaram suas fatias no mercado de crédito, enquanto os privados perderam participação.
A carteira do Itaú Unibanco, segundo maior banco do país, cresceu 12,6% e a do Bradesco, o terceiro, teve alta de 11,3%.
Embora tenha alavancado os resultados, o rápido crescimento das carteiras de BB e Caixa eleva o risco de inadimplência, observa o presidente da Austin Ratings, Erivelto Rodrigues: — Os bancos públicos irrigaram a economia com crédito desde a crise de 2008.
Foi um papel importante para a economia brasileira, enquanto os bancos privados reduziram sua participação.
A questão é até quando conseguem crescer mantendo a inadimplência baixa.
No BB, os atrasos acima de 90 dias ficaram em 2,1% no semestre, contra 2% na Caixa, 4,2% no Bradesco e 5,2% no Itaú.
Rodrigues acredita que os bancos públicos estejam renegociando dívidas em atraso, que, assim, entram como crédito novo na carteira, diminuindo a inadimplência.
Para o presidente do BB, Aldemir Bendine, a baixa inadimplência se deve ao fato de o banco oferecer crédito principalmente a correntistas: — Estou trabalhando com minha base, que conheço, e sei onde posso correr risco com ela.
Mesmo assim, o BB elevou em 26,6% suas provisões contra o calote, para R$ 6,9 bilhões.
Segundo Bendine, a precaução se deve à possibilidade de uma piora no mercado de trabalho e também por causa do aumento da cobertura de provisões do banco Votorantim, controlado pelo BB em sociedade com a família Ermírio de Morais.
O Votorantim fechou o semestre com R$ 1,13 bilhão de prejuízo, contra lucro de R$ 541 milhões no mesmo período de 2011.
Em ativos, o BB continua na liderança, com R$ 1,051 trilhão, à frente de Itaú (R$ 888,8 bilhões) e Bradesco (R$ 830,5 bilhões).
As ações ordinárias do BB caíram ontem 4,09% na Bolsa de Valores de São Paulo.

EM RANKING GLOBAL, BRASILEIROS AINDA EM ALTA

Os bancos brasileiros de capital aberto ficaram entre aqueles com o maior lucro líquido do mundo no segundo trimestre.
Apesar de a desvalorização do real ter reduzido o resultado em dólar, o Itaú Unibanco ficou em 10º no ranking da Bloomberg News, com lucro de US$ 1,594 bilhão.
O BB vem em 11º, com US$ 1,536 bilhão, e o Bradesco, em 15º, com US$ 1,446 bilhão.
O ranking considera os bancos que já divulgaram o lucro do segundo trimestre, por isso estão de fora grandes instituições como Bank of China e Industrial e Commercial Bank of China

FONTE: O Globo

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