Os investidores do mercado futuro de juros seguem no aguardo de indicadores que recalibrem o cenário que prevê Selic de 7,25% ao fim do atual ciclo de afrouxamento monetário. Esse gatilho pode vir hoje com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que o IBGE divulga às 9 horas. Uma variação muito além de 0,39%, média apurada pelo Valor Data junto a 11 analistas e economistas, pode acionar ajustes. Enquanto o índice não chega, os contratos negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fecharam ontem com leves ajustes para baixo, marginalmente influenciados pelos indicadores industriais divulgados ontem. Os contratos mais negociados apresentaram praticamente as mesmas taxas da véspera: o DI de janeiro de 2014, por exemplo, fechou a 7,76% (ante 7,79%). Na agenda de indicadores domésticos, o IBGE divulgou os dados da produção industrial regional - que revelaram queda em junho em relação a maio da atividade em 7 das 14 regiões pesquisadas. A CNI, por sua vez, mostrou queda de 1% da massa salarial na indústria, a mais intensa para um mês de junho desde 2007. Essas duas informações tiveram um viés de baixa para os juros. Mas profissionais apontam que o cenário para o atual ciclo de afrouxamento monetário já está nos preços dos juros. Tanto o boletim Focus, do Banco Central, como os contratos negociados na BM&F sinalizam uma Selic de 7,25% até novembro. No câmbio, foi mais um pregão de volume baixo e limitada oscilação de preço. O dólar comercial variou os mesmos R$ 0,007 da segunda-feira entre máxima e mínima antes de fechar a R$ 2,028, com queda de 0,10%. Segundo o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o mercado está inseguro com a possibilidade de intervenções do governo. Quanto mais próximo de R$ 2, mais provável a atuação. Na segunda-feira mesmo, diz o gerente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a falar que dólar acima de R$ 2 dá competitividade à indústria. "Se o governo está falando que o dólar está bom por aí, o mercado não vai se mexer. Ele mesmo se policia", diz Galhardo. Ainda de acordo com o especialista, enquanto o mercado externo aproveitou a melhora de humor na zona do euro, com alta nas bolsas, nas commodities e na cotação do euro, o câmbio local seguiu orbitando a média de preço do mês passado de R$ 2,029 no mercado à vista.
Os investidores do mercado futuro de juros seguem no aguardo de indicadores que recalibrem o cenário que prevê Selic de 7,25% ao fim do atual ciclo de afrouxamento monetário.
Esse gatilho pode vir hoje com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que o IBGE divulga às 9 horas. Uma variação muito além de 0,39%, média apurada pelo Valor Data junto a 11 analistas e economistas, pode acionar ajustes.
Enquanto o índice não chega, os contratos negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fecharam ontem com leves ajustes para baixo, marginalmente influenciados pelos indicadores industriais divulgados ontem.
Os contratos mais negociados apresentaram praticamente as mesmas taxas da véspera: o DI de janeiro de 2014, por exemplo, fechou a 7,76% (ante 7,79%).
Na agenda de indicadores domésticos, o IBGE divulgou os dados da produção industrial regional - que revelaram queda em junho em relação a maio da atividade em 7 das 14 regiões pesquisadas. A CNI, por sua vez, mostrou queda de 1% da massa salarial na indústria, a mais intensa para um mês de junho desde 2007. Essas duas informações tiveram um viés de baixa para os juros. Mas profissionais apontam que o cenário para o atual ciclo de afrouxamento monetário já está nos preços dos juros. Tanto o boletim Focus, do Banco Central, como os contratos negociados na BM&F sinalizam uma Selic de 7,25% até novembro.
No câmbio, foi mais um pregão de volume baixo e limitada oscilação de preço. O dólar comercial variou os mesmos R$ 0,007 da segunda-feira entre máxima e mínima antes de fechar a R$ 2,028, com queda de 0,10%.
Segundo o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o mercado está inseguro com a possibilidade de intervenções do governo. Quanto mais próximo de R$ 2, mais provável a atuação.
Na segunda-feira mesmo, diz o gerente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a falar que dólar acima de R$ 2 dá competitividade à indústria.
"Se o governo está falando que o dólar está bom por aí, o mercado não vai se mexer. Ele mesmo se policia", diz Galhardo.
Ainda de acordo com o especialista, enquanto o mercado externo aproveitou a melhora de humor na zona do euro, com alta nas bolsas, nas commodities e na cotação do euro, o câmbio local seguiu orbitando a média de preço do mês passado de R$ 2,029 no mercado à vista.
FONTE: Valor Econômico