Dividendos de estatais bem abaixo da meta

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Em fevereiro, o governo estimou que a receita deste ano com dividendos das estatais seria de R$ 19,8 bilhões. Essa previsão foi sendo elevada até chegar, em julho, a R$ 26,5 bilhões. A piora do cenário econômico reduziu, porém, os resultados das estatais, e a receita com dividendos até julho foi de só R$ 7,96 bilhões - R$ 2,3 bilhões abaixo do mesmo período de 2011. Para atingir os R$ 26,5 bilhões previstos, o governo terá que obter mais R$ 18,5 bilhões. Como a lucratividade da Petrobras vai de mal a pior e as perspectivas dos analistas para o Banco do Brasil não são extremamente favoráveis, resta ao governo apelar para o BNDES e Caixa Econômica, nos quais o governo pode definir a política de distribuição de dividendos mais conveniente

Em fevereiro, o governo estimou que a receita deste ano com dividendos das estatais seria de R$ 19,8 bilhões. Essa previsão foi sendo elevada até chegar, em julho, a R$ 26,5 bilhões. A piora do cenário econômico reduziu, porém, os resultados das estatais, e a receita com dividendos até julho foi de só R$ 7,96 bilhões - R$ 2,3 bilhões abaixo do mesmo período de 2011. Para atingir os R$ 26,5 bilhões previstos, o governo terá que obter mais R$ 18,5 bilhões. Como a lucratividade da Petrobras vai de mal a pior e as perspectivas dos analistas para o Banco do Brasil não são extremamente favoráveis, resta ao governo apelar para o BNDES e Caixa Econômica, nos quais o governo pode definir a política de distribuição de dividendos mais conveniente


 

Em fevereiro, o governo federal estimou que sua receita deste ano com dividendos das empresas estatais seria de R$ 19,8 bilhões. Nos meses seguintes, foi elevando essa previsão, como uma forma de compensar a frustração da receita tributária deste ano, que está muito abaixo do previsto, em virtude do desaquecimento da economia. Em maio, ele ampliou a estimativa para R$ 23,5 bilhões e, no mês passado, subiu para R$ 26,5 bilhões. A receita de dividendos passou a ser, portanto, uma variável de ajuste.

No primeiro semestre deste ano, contudo, o cenário macroeconômico afetou o resultado das empresas brasileiras, entre elas as estatais. Como consequência, a receita com dividendos foi de apenas R$ 7,96 bilhões, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Esse resultado foi R$ 2,3 bilhões inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Ele está de acordo com a situação real da economia, pois a atividade em 2012 está menos aquecida e a lucratividade das empresas, menor.

O lucro semestral da Petrobras no primeiro semestre de 2012 somou R$ 7,8 bilhões, 64% menor que o registrado no primeiro semestre de 2011, quando ela teve lucro de R$ 21,928 bilhões. A pior contribuição para esse resultado veio do período abril-junho, devendo afetar o repasse de dividendos nos próximos meses. No segundo trimestre de 2012, a Petrobras teve prejuízo de R$ 1,3 bilhão (ante R$ 10,9 bilhões de lucro no segundo trimestre de 2011), e foi o primeiro resultado negativo da estatal em 13 anos

Caixa Econômica e Banco do Brasil ainda não divulgaram seus resultados do segundo trimestre, mas os valores sempre foram bem menos expressivos do que os da petroleira. O Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, valor 14,66% inferior ao registrado em igual período de 2011. A Caixa teve um lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2012, o que representou um crescimento de 46,1% na comparação com igual trimestre do ano passado.

Para atingir sua previsão de R$ 26,5 bilhões com dividendos este ano, o governo terá que obter mais R$ 18,5 bilhões até dezembro. Como a lucratividade da Petrobras vai de mal a pior e as perspectivas dos analistas para o Banco do Brasil não são de expressiva recuperação frente ao primeiro trimestre, resta ao governo apelar para o BNDES e para a Caixa Econômica Federal.

Nessas duas instituições, o governo pode definir a política de distribuição de dividendos que achar mais conveniente, pois tem 100% do capital desses bancos. Os dividendos do BNDES dependem diretamente do volume de empréstimos que ele vem recebendo do Tesouro nos últimos anos. Antes desses repasses, os dividendos repassados pelo BNDES ao Tesouro eram bem baixos. Em 2007, foram de apenas R$ 920 milhões. Em 2009, o BNDES recebeu R$ 100 bilhões do Tesouro e pagou R$ 14,4 bilhões em dividendos. Foi um recorde. Até agora.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

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