Depois de se manter em alta durante boa parte do dia, as principais bolsas de valores fecharam em baixa, ontem, sucumbindo às declarações da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, contra a proposta de aumentar o fundo de resgate das economias da Zona do Euro e à falta de uma decisão mais forte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para estimular a economia do país.
Veto da chanceler alemã, Angela Merkel, a aumento de fundo de resgate esfria mercados europeus. Nos EUA, falta de medidas de estímulo frustra investidores
Depois de se manter em alta durante boa parte do dia, as principais bolsas de valores fecharam em baixa, ontem, sucumbindo às declarações da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, contra a proposta de aumentar o fundo de resgate das economias da Zona do Euro e à falta de uma decisão mais forte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para estimular a economia do país.
A única exceção, entre as praças mais importantes, foi Londres, que subiu 1,15%, sob influência das ações de empresas de energia, que se valorizaram com a elevação dos preços do petróleo.
Em São Paulo, o índice Bovespa se manteve positivo durante a maior parte do dia, mas perdeu força no final do pregão e terminou com valorização de apenas 0,26%, acompanhando as bolsas dos Estados Unidos, que passaram a operar em baixa após o fim da reunião do Fed.
O fato de a autoridade monetária não ter feito nenhuma mudança nas taxas de juros prejudicou o humor dos investidores e motivou ordens de venda, fazendo o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuar 0,55% e o termômetro das ações de tecnologia, o Nasdaq, cair 1,26%.
"Muitos esperavam que o Fed sinalizasse outro programa (de afrouxamento monetário)", disse um dos diretores da Per Stirling Capital Management Robert Phipps, no Texas.
Com o humor instável dos mercados, o dólar teve mais um dia de alta e chegou a R$ 1,85, com elevação de 0,35% em relação à véspera.
Na Europa, as bolsas reverteram os ganhos depois da notícia de que Angela Merkel reiterou a integrantes da coalizão de governo que não aprova o aumento da capacidade de empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês), de 500 bilhões de euros.
O ESM vai substituir o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Feef) em 2012 como instrumento de ajuda às economias debilitadas.
As baixas atingiram as bolsas de Frankfurt (0,19%), Paris (0,35%), Milão (0,31%), Madri (0,63%) e Lisboa (1,35%).
Nervosismo nos pregões
Variação dos principais índices de ações (em %)
São Paulo +0,26
Londres + 1,15
Paris - 0,35
Frankfurt - 0,19
Milão - 0,31
Madri - 0,63
Lisboa - 1,35
Nova York -0,55
FONTE: Correio Braziliense