Saída de dólares volta a ganhar força

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A saída de dólares ganhou força em novembro. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que US$ 942 milhões deixaram o Brasil no mês passado, valor sete vezes maior que o registrado em outubro.

Deixaram o País US$ 942 milhões em novembro, sete vezes mais que em outubro

A saída de dólares ganhou força em novembro. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que US$ 942 milhões deixaram o Brasil no mês passado, valor sete vezes maior que o registrado em outubro.

Um dos motores desse movimento é a remessa de lucros e dividendos realizada por empresas estrangeiras. Nos 22 primeiros dias do mês, multinacionais transferiram US$ 3,3 bilhões às sedes, mais que o dobro de outubro.

Novembro foi o segundo mês seguido em que a saída de dólares superou a entrada. Essa é a primeira vez desde janeiro de 2009 - no meio da crise passada - em que a saída de recursos persiste por dois meses consecutivos.

Nas últimas semanas, essas transferências têm acontecido exclusivamente no chamado segmento financeiro, que foi responsável por US$ 3,47 bilhões terem deixado o Brasil em novembro.

Nesse valor, estão incluídas operações relativas ao investimento em ações e renda fixa, empréstimos e remessa de lucros, entre outras.

Economistas e os próprios números do BC indicam que parte dessas transferências é resultado da indefinição do cenário externo, o que provoca estratégias conservadoras nas empresas e maior aversão ao risco entre investidores.

"Com o aumento das incertezas, empresas e instituições financeiras aumentaram as remessas de lucros para reforçar o caixa das matrizes, especialmente as europeias", diz o economista da LCA Consultores, Flávio Samara. Em boa parte das economias maduras, companhias têm vendido menos e, algumas vezes, precisam da ajuda de filiais lucrativas para fechar o balanço.

O economista comenta também que alguns bancos têm liquidado antecipadamente algumas operações e investimentos com o mesmo objetivo.

Samara acredita que as remessas devem continuar elevadas nos próximos meses porque não há solução para a Europa no curto prazo e, ao mesmo tempo, as medidas de incentivo à economia brasileira podem manter os ganhos das empresas no Brasil.

"Portanto, tendem a continuar a necessidade de lucro externo nas sedes e os resultados positivos no País."

Commodities. O BC também divulgou ontem que o preço dos produtos básicos - as chamadas commodities - voltou a cair em novembro. Segundo o Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br), o preço médio desses produtos recuou 1,70% ante outubro, a segunda queda seguida. No ano, os preços acumulam aumento de 6,14%.

A retração de preços de novembro foi liderada pelos itens metálicos - como alumínio e minério de ferro - cujo preço caiu 3,80%. Entre os produtos agropecuários - carne de boi e porco, óleo de soja, milho e café, entre outros - houve queda de 1,46%.

 

FONTE: O Estado de S. Paulo

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