A Bolsa de Valores de São Paulo tomou fôlego, no fim da tarde de ontem, com as notícias da criação de mais um fundo de resgate na Europa e fechou no azul, com alta de 1,06%, aos 59.536 pontos.
A Bolsa de Valores de São Paulo tomou fôlego, no fim da tarde de ontem, com as notícias da criação de mais um fundo de resgate na Europa e fechou no azul, com alta de 1,06%, aos 59.536 pontos.
O susto com a intenção da agência Standard & Poor"s de rebaixar a nota de 15 países da Zona do Euro — inclusive Alemanha e França — e do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira foi digerido.
"A ameaça só veio a confirmar uma situação já deteriorada", disse Sérgio Quintella, da Corretora Valore Investimentos Personalizados. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB), comprovando a estagnação da economia brasileira, também mexeu pouco no humor dos investidores.
"Os agentes de mercado esperavam dados até piores", ressaltou Demetrius Lucindo, economista da Corretora Prosper.
Para o quarto trimestre, as estimativas não são muito diferentes: alta de apenas 0,05%, com um avanço anual entre 3% e 3,5%.
Em 2012, o PIB não deve ultrapassar os 2,5%, a metade dos 5% previstos pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Não vejo o motivo de tanto otimismo", estranhou Quintella. No mercado de câmbio, o dólar subiu 0,32%, cotado a R$ 1,797.
As incertezas na Europa e as medidas do governo brasileiro para incentivar investimentos devem manter a moeda norte-americana nesse nível até o fim do ano.
"Com a entrada de mais recursos no país, o câmbio pouco se altera. Pode dar um repique para baixo, até R$ 1,75. A bolsa, ao contrário, deve subir, acompanhando a alta no consumo", assinalou André Mello, analista da TOV Corretora.
FONTE: Correio Braziliense