Novo dia de euforia na bolsa

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Decisão de zerar o IOF sobre aplicações estrangeiras em ações anima os investidores. Principal índice da Bovespa se valoriza 2,85%. A Bolsa de Valores de São Paulo descolou do mercado europeu e norte-americano e teve mais um dia de euforia. Depois de subir 2,85% na quarta-feira, manteve o ritmo de alta e fechou ontem com valorização de 2,23%, aos 58.143 pontos - 5,14% em dois dias.

Decisão de zerar o IOF sobre aplicações estrangeiras em ações anima os investidores. Principal índice da Bovespa se valoriza 2,85%

A Bolsa de Valores de São Paulo descolou do mercado europeu e norte-americano e teve mais um dia de euforia. Depois de subir 2,85% na quarta-feira, manteve o ritmo de alta e fechou ontem com valorização de 2,23%, aos 58.143 pontos — 5,14% em dois dias.

Enquanto no exterior os investidores resfriaram o entusiasmo à espera de mais novidades sobre a crise da dívida da Zona do Euro — as principais bolsas europeias fecharam em queda, entre 0,28% e 0,78% —, no Brasil, os investidores foram às compras logo no início do pregão motivados pelo corte da taxa básica de juros (Selic) na véspera.

O apetite aumentou assim que o governo começou a anunciar medidas de incentivo ao consumo e aos investimentos estrangeiros na bolsa, o que manteve a alta até o fim da sessão de negócios.

Com as duas altas seguidas, o Ibovespa, índice que reúne as principais ações, já conseguiu reduzir a performance negativa no ano, que chegou a 25%, para 16%, e começa dezembro no azul.

Ao reduzir os rendimentos das aplicações em renda fixa, a Selic menor torna os investimentos em renda variável mais atrativos, o que, por si, já é bem recebido pelo mercado acionário.

Mas o que deu força mesmo, num dia em que as bolsas no exterior estavam de ressaca das fortes elevações da véspera, foi a decisão do Ministério da Fazenda de zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os investimentos externos em ações, que era de 2%.

As outras medidas de incentivo ao consumo — a diminuição do IOF nas operações de crédito para pessoas físicas e da tributação de eletrodomésticos e de massas também contribuíram para o bom desempenho.

As ações da Usiminas, uma das poucas que tinham fechado no vermelho na quarta, subiram 10,39% ontem. Os papéis da própria companhia BM&FBovespa chegaram a ter alta de mais de 8% e fecharam com ganho de 6,68%.

Em nota, a empresa elogiou a decisão do governo de zerar o IOF para os investimentos estrangeiros. "O governo agiu com precisão e demonstrou visão de que o mercado de capitais brasileiro vive um momento de grande oportunidade, além de se constituir em um instrumento fundamental para o crescimento das empresas e o desenvolvimento do país", afirmou.

A companhia destacou que, de 2004 até 2011, as empresas brasileiras realizaram 232 ofertas públicas de ações, com captação total de R$ 370,7 bilhões, dos quais 70% vieram dos estrangeiros.

A BM&FBovespa disse acreditar que a medida contribuirá para que as mais de 40 empresas que aguardam para fazer as ofertas de ações possam captar os recursos necessários. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones caiu 0,21%. Na Europa, os mercados também recuaram: Madri (-0,37%), Paris (-0,78%), Londres (-0,29%) e Frankfurt (-0,87%).

Dólar a R$ 1,802

O segmento cambial brasileiro também reagiu favoravelmente às medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda e o dólar fechou em queda de 0,57%, a R$ 1,802.

A perspectiva de fluxo maior de capital externo com a redução a zero do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas aplicações de estrangeiros na bolsa de valores impulsionou a venda da moeda, forçando a cotação para baixo.

A moeda norte-americana chegou a ser negociada abaixo de R$ 1,80 durante o dia, mas retornou a esse nível, pois os investidores ainda esperam o desenrolar da crise global.

 

FONTE: Correio Braziliense

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