Transferência do BB é suspensa

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Revelado por reportagens do Correio em janeiro e setembro, o processo de esvaziamento do Banco do Brasil em Brasília foi suspenso. Segundo fontes próximas ao alto escalão do banco, após a publicação das matérias e a cobrança da bancada parlamentar do Distrito Federal no Congresso, a instituição se viu obrigada a parar a estratégia de transferência para São Paulo.

Plano era levar diretorias para São Paulo, mas reportagens do Correio e mobilização de parlamentares fizeram o banco recuar.

Revelado por reportagens do Correio em janeiro e setembro, o processo de esvaziamento do Banco do Brasil em Brasília foi suspenso. Segundo fontes próximas ao alto escalão do banco, após a publicação das matérias e a cobrança da bancada parlamentar do Distrito Federal no Congresso, a instituição se viu obrigada a parar a estratégia de transferência para São Paulo.

Em documento enviado pelo BB à Câmara dos Deputados na semana passada, o presidente do banco, Aldemir Bendine, garante que não está em curso nenhuma transição e reafirma que a sede do BB "é e sempre será Brasília".

A despeito das alegações do BB, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) garante que ouviu do próprio Dida — como Bendine gosta de ser chamado — que o projeto de transferência era real. "Liguei para o Dida no dia seguinte à divulgação desses dados e ele me informou por telefone que estava fazendo as transferências", afirmou.

"Com a resposta do banco ao requerimento da deputada Erika Kokay (PT), pudemos perceber que o BB estava efetivamente transferindo diretorias de Brasília para São Paulo. Ficamos sabendo que, depois das reportagens, várias transferências foram canceladas, como a da Diretoria de Marketing."

Dois requerimentos de informação haviam sido produzidos pelos parlamentares e enviados ao banco, um assinado pela deputada Kokay e outro pelo senador Rollemberg. A resposta chegou primeiro à Câmara, em 18 de novembro.

No documento, o BB assume que mudou a sede da Diretoria Comercial e de duas gerências-executivas para a capital paulista em outubro de 2010. A transição levou 76 funcionários para São Paulo. Parte da Diretoria de Seguros, Previdência Aberta e Capitalização também migrou para o mesmo destino em dezembro.

O documento ainda cita que a Diretoria de Cartões teve uma divisão transferida para São Paulo em agosto de 2007 sob a justificativa de que, devido a uma parceria com um grande banco privado e à necessidade de se aproximar dele, a migração era necessária.

"A mobilização causou efeito. Vamos continuar vigilantes para não permitir um esvaziamento do Banco do Brasil em Brasília", prometeu Rollemberg.

 

FONTE: Correio Braziliense

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