O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, reduziu a projeção para o deficit da Previdência Social em 2011, de R$ 37,8 bilhões para R$ 35,5 bilhões, valor abaixo dos R$ 42,7 bilhões registrados em 2010. De janeiro a outubro, o rombo nas contas da previdência urbana e rural atingiu R$ 36,8 bilhões, o menor desde 2004 para o período.
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, reduziu a projeção para o deficit da Previdência Social em 2011, de R$ 37,8 bilhões para R$ 35,5 bilhões, valor abaixo dos R$ 42,7 bilhões registrados em 2010. De janeiro a outubro, o rombo nas contas da previdência urbana e rural atingiu R$ 36,8 bilhões, o menor desde 2004 para o período.
Segundo o ministro, isso se deve ao ritmo forte de crescimento da arrecadação, de 9,3% no ano, em relação à evolução das despesas com benefícios, que subiram apenas 3,4%.
Para 2012, no entanto, o governo trabalha com estimativa de deficit de cerca de 47 bilhões, por causa do aumento generoso a ser concedido ao salário mínimo em janeiro, além do repasse da inflação em torno de 6,3% para os benefícios acima do piso salarial.
Apesar do bom desempenho da arrecadação com a maior formalização do mercado de trabalho, Garibaldi não acredita que o incremento das receitas continuará no ritmo dos últimos dois anos.
Em outubro, a previdência urbana teve superavit de R$ 2,9 bilhões e a rural, deficit de R$ 4,2 bilhões, o que forçou o Tesouro Nacional a cobrir o buraco de R$ 1,3 bilhão. Foi o menor saldo negativo para o mês de outubro desde 1997.
No ano, o setor urbano acumula superavit de R$ 9,1 bilhões e o resultado ajudou a compensar a grande despesa do setor rural, que sempre gastou mais do que arrecada. O deficit acumulado no ano do sistema previdenciário dos segurados do campo é de R$ 45,9 bilhões.
O secretário de Políticas de Previdência da Secretaria de Previdência Social, Leonardo Rolim, disse que a arrecadação deve continuar subindo acima do Produto Interno Bruto (PIB). "Há aumento contínuo de contribuintes", afirmou.
Na pior das hipóteses, crescerá tanto quanto o PIB. Para 2012, o governo prevê elevação de até 4%.
O ministro Garibaldi Alves disse esperar que o projeto de lei que institui o fundo de previdência complementar dos funcionários públicos seja aprovado na Câmara e chegue ao Senado ainda este ano.
A presidente Dilma pretende nomear os aprovados em concursos em 2012 somente após a instituição do fundo.
FONTE: Correio Braziliense