Em um dia marcado por grande nervosismo, devido às dificuldades enfrentadas pela Europa - agora, com a Espanha na linha de tiro - e à falta de consenso político nos Estados Unidos sobre um corte de US$ 1,2 trilhão no Orçamento, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) derreteu
Em um dia marcado por grande nervosismo, devido às dificuldades enfrentadas pela Europa — agora, com a Espanha na linha de tiro — e à falta de consenso político nos Estados Unidos sobre um corte de US$ 1,2 trilhão no Orçamento, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) derreteu.
Para tristeza dos investidores mais otimistas, o Ibovespa, principal índice de lucratividade do pregão paulista, registrou ontem a quarta baixa consecutiva, para os 55.878 pontos — recuo de 0,72%. No mês, as perdas chegam a 4,22% e, no ano, a 19,37%.
Na Bolsa de Nova York, não foi diferente. A frágil recuperação da economia norte-americana, embora os riscos de recessão sejam menores, levou o índice Dow Jones a uma baixa de 0,46%. Também o Nasdaq, da bolsa de tecnologia, não resistiu e encolheu 0,07%.
Nos mercados europeus, com a Espanha voltando a pagar juros altíssimos para rolar a sua dívida, as principais bolsas computaram prejuízos. Em Paris, houve perdas de 0,84%. Em Frankfurt, o tombo atingiu 1,22% e, em Londres, 0,30%.
Para os analistas, o processo de recuperação do mercado acionário ainda está longe, dada a incapacidade dos líderes europeus de chegarem a um consenso sobre o que fazer para resgatar a Zona do Euro da pior crise desde que o bloco econômico foi criado.
Também se vislumbram dias difíceis para o presidente dos EUA, Barack Obama, cada vez mais acuado pela oposição, que jogará pesado contra a sua reeleição em 2012. O dólar foi cotado a R$ 1,806 para venda, ficando estável em relação à véspera.
FONTE: Correio Braziliense