Hoje, no Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-juvenil, será inaugurado um centro de tratamento que promete ser referência em cuidados relativos a essa e outras doenças para crianças e adolescentes até 18 anos. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar abre as portas, já em funcionamento.
GDF investe mais de R$ 7 milhões no Hospital da Criança de Brasília José Alencar. As consultas terão agendamento gerenciado pela Diretoria de Regulação da Secretaria de Saúde
Hoje, no Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-juvenil, será inaugurado um centro de tratamento que promete ser referência em cuidados relativos a essa e outras doenças para crianças e adolescentes até 18 anos. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar abre as portas, já em funcionamento.
Uma parceria entre a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace) e o Governo do Distrito Federal (GDF), que vai gerir o estabelecimento, possibilitou a conclusão das obras.
As obras do prédio começaram em 2005. Em junho deste ano, foi celebrada a assinatura de um termo de parceria entre governo e Abrace. O GDF investiu mais de R$ 7 milhões em equipamentos, como máquinas de raios X e tomógrafos. O Ministério da Saúde destinou quantia semelhante para a mesma finalidade. No total, foram R$ 15 milhões em equipamentos. Outros R$ 17 milhões para as obras do espaço físico vieram por meio de doações encaminhadas à Abrace.
A inauguração do Hospital da Criança era um dos compromissos de campanha do governador Agnelo Queiroz. Na primeira fase do centro de saúde, deve funcionar somente o ambulatório (consultas e atendimentos, com internações somente na oncologia). As equipes de especialistas em pediatria que atuavam no Hospital de Apoio e no Hospital de Base foram transferidas e passarão a trabalhar no Hospital da Criança.
As demais equipes de pediatras de emergência, médicos especialistas em cuidados paliativos, farmacêuticos, psicólogos, técnicos administrativos e outras categorias foram contratadas pelo Instituto do Câncer Infantil, criado pela Abrace, em regime de Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). São 120 profissionais, no total.
As consultas oferecidas pelo hospital serão administradas pela Diretoria de Regulação da Secretaria de Saúde do DF, como ocorre com os leitos de UTI. Além da oncologia e da hemoterapia, serão oferecidos ambulatórios de alergia, cirurgia pediátrica, nefrologia, neurologia, pneumologia, reumatologia e outras 10 especialidades médicas.
Quando for inaugurado o Bloco 2 do centro de saúde, o Hospital da Criança terá 21 mil metros quadrados de área construída. A segunda etapa terá 14 mil metros quadrados e custara R$ 28 milhões. Será possível atender 324 mil pacientes por ano. O Bloco 1, inaugurado hoje, tem 7 mil metros quadrados, vai abrigar todo o atendimento ambulatorial e receberá repasses mensais de R$ 4,4 milhões da Secretaria de Saúde para o seu funcionamento.
Melhorias
Haverá um acréscimo de 70% na realização de consultas na rede pública com a inauguração desse espaço. Atualmente, são 700 por mês. A partir de dezembro, a expectativa é de contabilizar 1,2 mil atendimentos. A capacidade para quimioterapia deve dobrar de 500 procedimentos para 1 mil, todos em crianças ou adolescentes.
O hospital tem capacidade para 9 mil consultas mensais. Ali podem ser realizadas por volta de 14 mil exames, nesse mesmo período, além de 600 diálises e 300 sessões de hemoterapia. "O local é totalmente adaptado, feito especialmente para crianças. Garante o tratamento de qualidade, com equipamentos de última geração e profissionais capacitados", afirmou Agnelo Queiroz, no programa de rádio semanal do GDF, Conversa com o governador.
Agnelo também usou seus conhecimentos como medico para alertar a população. "O câncer é a principal causa de morte entre pessoas de 5 a 19 anos. É uma doença séria, mas tem cura em mais de 70% dos casos. É preciso diagnosticar precocemente, tratar o câncer em centros especializados, como o Hospital da Criança de Brasília", explicou. Só em outubro, mais de 2 mil crianças foram atendidas nesse local, mesmo antes da inauguração.
Modelo
De acordo com o secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, outros estados já se interessaram pelo modelo. "A Bahia já nos procurou para saber detalhes de como nosso projeto está sendo realizado para que façam o mesmo por lei", disse. O escolhido para ser o diretor do hospital é o médico Renilson Rehem, que tem mestrado em administração em saúde. "O convite partiu da Abrace. Aceitei como um desafio ao mesmo tempo difícil e motivador", afirmou.
S.O.S Emergências
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitará hoje a emergência do Hospital de Base do Distrito Federal. A ação faz parte do SOS Emergências, estratégia lançada em Brasília no último dia 8. O objetivo é avaliar, no Sistema Único de Saúde (SUS), o atendimento de urgência e emergência nas unidades hospitalares. Inicialmente, 11 hospitais de nove unidades da Federação foram destacados como prioritários nessa avaliação.
FONTE: Correio Braziliense