O governo brasileiro está reivindicando a inclusão do real na cesta de moedas do Fundo Monetário Internacional (FMI) que dá lastro a empréstimos no exterior. A iniciativa, que prevê também a inserção da moeda chinesa, o iuan, no mecanismo de Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês), ganhou força durante a Reunião de Cúpula do G-20.
O governo brasileiro está reivindicando a inclusão do real na cesta de moedas do Fundo Monetário Internacional (FMI) que dá lastro a empréstimos no exterior.
A iniciativa, que prevê também a inserção da moeda chinesa, o iuan, no mecanismo de Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês), ganhou força durante a Reunião de Cúpula do G-20, grupo das 20 maiores economias do planeta, realizada na semana passada em Cannes, na França. Atualmente, participam do SDR o dólar (divisa dos Estados Unidos), o iene (do Japão), a libra esterlina (da Inglaterra) e o euro (da Europa).
"Nós pleiteamos mais moedas de países representativos economicamente, como o real e a moeda chinesa", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele admitiu que é antiga a proposta brasileira de participação nas emissões de SDR, mas não sabe quando isso ocorrera.
Nem mesmo é certo se o FMI vai divulgar, em novembro, os critérios para a entrada de novas moedas na cesta. Ontem a presidente Dilma Rousseff, que participou do encontro de líderes do G-20, disse que a situação fiscal sólida do Brasil, abre espaço para o país abocanhar uma fatia maior de poder no FMI.
O pedido de inserção do real e do iuan no SDR foi divulgada pelo secretário de Assuntos Internacional do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey. O assunto havia sido discutido no âmbito durante os debates sobre a reforma do sistema monetário internacional, em Cannes.
Mas alguns países, sobretudo os Estados Unidos, não querem uma ampliação da base do SDR. O mecanismo consiste em uma moeda escritural e não serve para a realização pagamentos fora do âmbito do FMI.
FONTE: Correio Braziliense