O lucro dos bancos voltou a ser, em 2010, a parcela que mais pesa no chamado spread bancário, a diferença entre o custo de captação de recursos para o banco e a taxa cobrada do cliente. Um estudo divulgado ontem pelo Banco Central (BC) mostrou que a margem de rentabilidade representava 32,7% do spread, parcela que sobe a 54,6% quando se juntam os impostos.
O lucro dos bancos voltou a ser, em 2010, a parcela que mais pesa no chamado spread bancário, a diferença entre o custo de captação de recursos para o banco e a taxa cobrada do cliente. Um estudo divulgado ontem pelo Banco Central (BC) mostrou que a margem de rentabilidade representava 32,7% do spread, parcela que sobe a 54,6% quando se juntam os impostos.
Está bem acima dos pesos da inadimplência (28,7%) e do custo administrativo (12,6%), que mostraram redução na participação na comparação com 2009.
As instituições financeiras aproveitaram a queda da inadimplência e dos custos administrativos para aumentar seus lucros, em vez de repassar essas vantagens ao consumidor por meio de juros menores. A margem dos bancos subiu de 8,92 pontos percentuais para 9,12 pontos percentuais em 2010, já descontados os impostos.
No geral, houve uma queda do spread, que voltou aos níveis de antes da crise financeira de 2008 e encerrou dezembro em 27,9 pontos percentuais, para juros médios de 39,7% (operações com taxas prefixadas).
De acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Febraban), a parcela do lucro está dentro do padrão histórico e ainda nem recompôs a perda com a crise. Em 2008, o spread chegou a 13,87 pontos percentuais.
FONTE: O Globo