Mas Bolsa ainda tem o pior desempenho no ano; após alta em setembro, dólar cai 9,46%. Entre janeiro e outubro, Bolsa recua 15,8%; caderneta de poupança e renda fixa batem a inflação em 2011. O maior ganho mensal desde maio de 2009 colocou a Bolsa de Valores brasileira no topo das aplicações mais rentáveis em outubro.
Mas Bolsa ainda tem o pior desempenho no ano; após alta em setembro, dólar cai 9,46%. Entre janeiro e outubro, Bolsa recua 15,8%; caderneta de poupança e renda fixa batem a inflação em 2011
O maior ganho mensal desde maio de 2009 colocou a Bolsa de Valores brasileira no topo das aplicações mais rentáveis em outubro.
O "termômetro" por excelência desse mercado, o índice Ibovespa, ficou 11,49% mais alto no mês passado, sem, no entanto, recuperar o terreno perdido no restante de 2011. No ano, o mesmo indicador registra queda livre de 15,8%, de longe o pior desempenho entre os indicadores financeiros mais usados.
O dólar voltou a ocupar seu lugar habitual entre os "perdedores" do ranking: os preços da divisa americana recuaram 9,46%, após a disparada em setembro.
Nesse vaivém de altos e baixos, a cotação subiu apenas 2,28% desde o início do ano, insuficiente para bater a inflação do período.
A alta dos preços já assustou o investidor em meses recentes, mas mostrou algum sinal de arrefecimento em outubro: a leitura do IGP-M aponta alta de 0,53%, batida com folga pela rentabilidade média dos CDBs (0,94%) no mês passado, enquanto a poupança somente "empatou" (0,56%).
Essas aplicações repetem o desempenho favorável ante a inflação também no horizonte dos dez meses (4,70%): de janeiro a outubro, a caderneta de poupança tem retorno acumulado de 6,19%, e os CDBs, de 9,76%.
Mas neste ano o destaque continua sendo o ouro. Embora os preços da commodity tenham recuado 4,5% em outubro -considerando os preços fixados na BM&F-, em dez meses o ganho acumulado é de 14%.
Historicamente, a Bolsa costuma subir no bimestre final do ano, mas será a definição dos detalhes do plano anticrise europeu a chave para definir os rumos desse mercado nos meses seguintes. Já o dólar pode voltar a subir, mas analistas não acreditam em repetição do repique dramático visto em setembro.
No caso da renda fixa, as perspectivas dependem da intensidade com que o Banco Central vai mexer na taxa básica de juros. Governo e a maioria do mercado pelo menos concordam num ponto: o sentido é para baixo.
FONTE: Folha de S. Paulo