A finalização do processo de aquisição da Vivo pela Telefônica , no dia 3 de outubro, vai culminar com a unificação das marcas no início do ano que vem, com a prevalência do nome da operadora móvel, por já ser reconhecida no mercado brasileiro.
A finalização do processo de aquisição da Vivo pela Telefônica , no dia 3 de outubro, vai culminar com a unificação das marcas no início do ano que vem, com a prevalência do nome da operadora móvel, por já ser reconhecida no mercado brasileiro, de acordo com o diretor-presidente da Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente.
Ontem, a Vivo ampliou a gama de ofertas ao lançar para o mercado do Rio de Janeiro serviços de telefonia e de internet fixas. Em Porto Alegre, o lançamento foi no dia 6.
Segundo o diretor-geral da Vivo, Paulo Cesar Teixeira, com o término da unificação, o Brasil passa a ser a maior operação da Telefônica no mundo.
Dos cerca de 300 milhões de clientes no mundo inteiro, são mais de 83 milhões no Brasil. "Mas ainda não temos a unificação de marcas no nível comercial, o que ocorrerá no início do ano que vem", afirmou Teixeira. Segundo Valente, a convergência de marcas está prevista para "algum momento" do primeiro semestre, mas ele preferiu não estabelecer a data.
"Nosso objetivo não é simplesmente fazer mudança de marca, do serviço de São Paulo [onde se usa a marca Telefônica]. Queremos produzir uma mudança de experiência de relacionamento com o cliente, no momento em que essa marca for alterada", disse.
A Vivo passará a ser uma das três marcas comerciais da Telefônica no mundo. Na Europa, fora a Espanha, a companhia atua sob o nome O2. Na Espanha e nos países latino-americanos de língua espanhola, usa o nome Movistar.
A empresa não divulgou se haverá ganhos financeiros com a junção das marcas no Brasil, mas qualquer custo já está incluído na previsão de investimentos de R$ 24 bilhões de 2011 a 2014, com mais de R$ 6 bilhões para 2011, incluindo a obtenção de licenças.
O investimento nas licenças para o lançamento da telefonia celular de quarta geração (4G) é uma fonte de preocupação para os executivos. Diferentemente de algumas operadoras que já declararam abertamente o desejo de adiar o leilão da frequência de 4G, a Vivo propõe a manutenção da previsão atual - abril de 2012 -, contanto que haja uma combinação entre oferta financeira e garantia de cobertura.
O objetivo, segundo os executivos, é desonerar as empresas de telefonia em relação aos gastos com a aquisição de licenças e aos investimentos em infraestrutura.
Valente diz acreditar que talvez seja necessário "reduzir um pouco a participação do governo", porque apesar de a cobrança pelas licenças reforçar o caixa governamental, pode acabar não gerando o investimento necessário.
"O que temos preconizado é que não se desconheça que as empresas estão superenvolvidas em projetos com grandes aportes para melhorar a vida do cidadão. Tudo o que for direcionado para a compra de licenças vai ter que ser, de alguma maneira, considerado dentro do plano de investimentos da empresa", disse.
A Vivo pretende ainda começar a vender iPads apenas quando o tablet da Apple passar a ser produzido no Brasil, informou Teixeira.
Com a produção nacional, a expectativa é de que os preços sejam de 20% a 25% menores, devido a desonerações tributárias, o que deverá impulsionar as vendas, segundo ele. "Hoje, nenhuma operadora vende o iPad. O tablet no Brasil ainda não teve a explosão que pode ter, pela questão do preço", disse Teixeira.
FONTE: Valor Econômico