Embalados por atividade na China e previsão de acordo na Europa, mercados avançam. Bolsa paulista sobe 2,96% e dólar cai 1,52% O mercado esqueceu temporariamente as incertezas da economia global e retomou o fôlego nos pregões de ontem das principais bolsas de valores do mundo.
Embalados por atividade na China e previsão de acordo na Europa, mercados avançam. Bolsa paulista sobe 2,96% e dólar cai 1,52%
O mercado esqueceu temporariamente as incertezas da economia global e retomou o fôlego nos pregões de ontem das principais bolsas de valores do mundo.
Em São Paulo (BM&FBovespa), embalados pelos sinais de avanço na atividade industrial da China em outubro, os investidores foram em busca das ações da Vale, que subiram 5,94% e fizeram com que o Ibovespa encerrasse o dia com ganhos de 2,96%. Foi o maior nível desde 19 de setembro, aos 56.891.
O índice de atividade industrial chinesa medido pelo HSBC avançou de 49,9 para 51,1 pontos no último levantamento, primeiro registro de expansão desde junho. A euforia se deu porque a China é a principal compradora de matérias-primas do mundo — entre elas, o minério de ferro — e uma das maiores clientes da Vale.
Outros papéis ligados ao ramo da mineração e siderurgia também pegaram carona nas boas notícias, como os da Gerdau (4,07%), da Usiminas (4,44%) e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), com 6,33% de alta. Em contrapartida, o dólar derreteu 1,52% em relação ao real, fechando o dia cotado a R$ 1,753 e com volume de negócios estimado em mais de US$ 1,4 bilhão.
Reunião do G-20
Nas bolsas internacionais, o otimismo foi impulsionado pela perspectiva de que os líderes da União Europeia chegarão a um consenso sobre medidas para o controle da crise na região na quarta-feira, antes da reunião do G-20 (grupo das vinte maiores economias do mundo), marcada para a próxima semana.
A sinalização dos parlamentares alemães de que o fundo europeu (FEEF) pode ser ampliado para até 1 trilhão de euros e a definição do plano de capitalização dos bancos da Zona do Euro em até 100 bilhões de euros impulsionaram o FTSEurofirst 300 — indicador que reúne os principais pregões da Europa — em 1,12% no fechamento, puxado pelo CAC-40 de Paris, que subiu 1,55%.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones acompanhou o bom humor do restante do mundo e encerrou o dia com ganho de 0,89%, aos 11.914 pontos.
Além do alívio com as notícias favoráveis vindas da Europa, os investidores norte-americanos também foram influenciados por balanços trimestrais de empresas, com destaque para a Caterpillar. O grupo que atua na fabricação de máquinas e equipamentos para construção registrou incremento de 44% no faturamento no período.
FONTE: Correio Braziliense