Os mercados tiveram ontem um dia de perdas devido a dados ruins da economia americana. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), recuou 0,12%, aos 54.966 pontos, após muita instabilidade. O dólar comercial avançou 0,97%, a R$1,775, acompanhando os mercados mundiais de câmbio.
Os mercados tiveram ontem um dia de perdas devido a dados ruins da economia americana. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), recuou 0,12%, aos 54.966 pontos, após muita instabilidade. O dólar comercial avançou 0,97%, a R$1,775, acompanhando os mercados mundiais de câmbio.
Em Nova York, o Dow Jones fechou em baixa de 0,63%, enquanto Nasdaq e S&P recuaram 2,01% e 1,26%, respectivamente. A inflação avançou 3,9% em setembro, a maior alta em três anos, e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) informou ter registrado crescimento lento da atividade econômica.
Já os mercados europeus fecharam em alta, refletindo rumores - depois desmentidos - de que França e Alemanha teriam chegado a um acordo para elevar o fundo de resgate a 2 trilhões, como informado pelo site do jornal britânico "The Guardian" na noite de terça-feira. Londres avançou 0,74%. Paris teve alta de 0,52% e Frankfurt, de 0,61%. Ontem, o jornal holandês "Het Financieele Dagblad" afirmou, citando fontes não identificadas, que o fundo chegaria a 1,45 trilhão.
No mercado brasileiro de câmbio, pesaram especulações de que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderia cortar a taxa de juros acima de 0,5 ponto percentual. Mas a economista-chefe do BNY Mellon ARX, Solange Srour, ressaltou que a volatilidade nos mercados continuará até domingo, quando há a reunião de cúpula da União Europeia (UE). Ontem o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou um impasse nas negociações e viajou para Frankfurt a fim de conversar com o governo alemão.
Conta financeira do fluxo fica negativa em US$436 milhões
Devido às preocupações com a Europa, os investidores estrangeiros sacaram recursos do Brasil na semana passada. A conta financeira do fluxo cambial - movimento de entrada e saída de moeda estrangeira do país - ficou negativa em US$436 milhões. As exportações foram insuficientes para segurar o fluxo geral, que fechou no vermelho em US$55 milhões na segunda semana de outubro.
As vendas ao exterior foram de US$381 milhões, ante saldo de US$1,8 bilhão na semana anterior. E a conta financeira não repetiu o desempenho dos cinco primeiros dias úteis de outubro, de US$1,6 bilhão.
No mês, até o dia 14, o Brasil recebeu US$3,4 bilhões já descontadas as saídas de recursos. No ano, o fluxo cambial acumula ingresso líquido de US$71,7 bilhões, uma alta de 276% em relação ao mesmo período do ano passado.
FONTE: O Globo