BM&F faz acordo com bolsas dos Brics para negociação de índices

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As bolsas dos países chamados Brics, incluindo a brasileira BM&FBovespa, fecharam um acordo que permitirá a negociação dos principais índices acionários desses países nas bolsas domésticas e em moeda local. Juntos, os mercados dos cinco países registram um volume financeiro diário médio de US$ 422 bilhões e são responsáveis por aproximadamente 18% do volume de contratos de derivativos negociados em ambiente de bolsa no mundo.

As bolsas dos países chamados Brics, incluindo a brasileira BM&FBovespa, fecharam um acordo que permitirá a negociação dos principais índices acionários desses países nas bolsas domésticas e em moeda local. Juntos, os mercados dos cinco países registram um volume financeiro diário médio de US$ 422 bilhões e são responsáveis por aproximadamente 18% do volume de contratos de derivativos negociados em ambiente de bolsa no mundo.

Com o início da aliança entre as bolsas de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem nos mercados de futuros e de opções, o investidor brasileiro poderá, por exemplo, investir no índice chinês ou indiano em reais a partir da BM&FBovespa. Em uma segunda fase, as bolsas pretendem desenvolver índices combinados de vários países, sobre os quais também poderão ser criados novos produtos.

"Os países que participam da aliança ganharam relevância política e econômica nos últimos anos, e a iniciativa facilita aos investidores o acesso a esses mercados", afirmou Charles Li, presidente executivo da bolsa de Hong Kong (HKEx), que representará a China na aliança e quem iniciou a aproximação com as demais, em junho. Também participam do acordo as bolsas indianas BSE e National Stock Exchange, a russa Micex e a Johannesburg Stock Exchange.

Essas seis das principais bolsas de países emergentes acreditam que há espaço para crescer globalmente, num momento em que bolsas do mundo todo, principalmente de economias mais maduras, onde as margens são menores, têm buscado se fundir.

O anúncio foi realizado pelos presidentes das bolsas ontem durante o encontro da federação mundial de bolsas (WFE), que acontece em Joanesburgo, na África do Sul. Os executivos ressaltaram que a parceria não envolve nenhum tipo de associação nem a criação de uma nova companhia.

O acordo também não inclui a listagem direta de ações nos mercados. O diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, não descartou, porém, essa possibilidade no futuro. Como apenas os índices são de propriedade das bolsas, uma possível listagem depende também do desejo das companhias. Juntas, as seis bolsas reúnem 9.481 companhias abertas, com valor de mercado de US$ 9 trilhões. "Existe uma possibilidade fantástica de desenvolvimento de novos produtos e de crescimento com essa parceria", avaliou.

As receitas com a negociação serão divididos entre as bolsas, a partir de acordos bilaterais assinados entre elas. Edemir não revelou, porém, qual será a participação da bolsa brasileira no volume obtido a partir das operações realizadas com índices estrangeiros na BM&FBovespa nem os ganhos com as transações realizadas com o Ibovespa nos demais países dos Brics.

Edemir afirmou que o acordo fechado com as bolsas dos Brics não interfere na associação que a BM&FBovespa já possui com a CME Group, de Chicago. "Nossa atuação com a CME ocorre em paralelo e não está inserida nesta aliança", disse. As duas companhias desenvolveram em conjunto uma nova plataforma de negociação, que deverá reunir em um único ambiente todos os ativos negociados na bolsa brasileira, e anunciaram um acordo de dupla listagem de derivativos, que deve ter início ainda este ano, com o futuro de Ibovespa negociado em Chicago e o de S&P500 na bolsa paulista.

Outra aposta da BM&FBovespa no projeto de internacionalização é a criação de uma plataforma que permitirá ao investidor estrangeiro de varejo aplicar em ações brasileiras, em moeda local. A iniciativa, chamada Brazil Easy Investing, é desenvolvida em parceria com a Chi-X Americas e deve entrar em operação no final do primeiro trimestre de 2012, segundo Edemir.

 

FONTE: Valor Econômico

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