O dólar manteve, ontem, sua tendência de derretimento e pelo quinto pregão seguido fechou no vermelho, com queda de 0,40%, cotado a R$ 1,764 na venda. Com esse desempenho, a moeda atingiu sua maior sequência de desvalorização frente ao real desde julho deste ano, quando, entre os dias 19 e 26, caiu por seis sessões consecutivas
O dólar manteve, ontem, sua tendência de derretimento e pelo quinto pregão seguido fechou no vermelho, com queda de 0,40%, cotado a R$ 1,764 na venda. Com esse desempenho, a moeda atingiu sua maior sequência de desvalorização frente ao real desde julho deste ano, quando, entre os dias 19 e 26, caiu por seis sessões consecutivas.
Em outubro, a divisa norte-americana já recuou 6,25%. A baixa do dólar se deve, segundo analistas, ao aumento do apetite dos investidores por aplicações de risco, principalmente depois da promessa de proteção para o sistema bancário feita por autoridades europeias. "Essas decisões na Europa foram os principais responsáveis por fazer o dólar cair e a bolsa subir no Brasil", avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele afirmou ainda que a desaceleração da China traz riscos para o Brasil.
A moeda norte-americana derreteu não apenas em comparação ao real, mas também diante de uma cesta de moedas. Frente ao euro, o tombo foi de 2,03%. Contra a divisa japonesa, o iene, o recuo foi de 0,16%. No Brasil, os investidores estão mais cautelosos nas suas apostas no mercado futuro, tanto para pressionar a cotação da divisa para cima quanto para baixo. Depois de três intervenções do Banco Central para elevar a cotação da divisa, os operadores de câmbio estão se arriscando menos.
Segundo um técnico do governo, o BC vai atuar sempre que houver "distorções no preço do dólar, para cima, ou para baixo". O dólar futuro, com vencimento em novembro, também fechou em queda de 0,44%, a R$ 1,773; o vencimento de dezembro cedeu menos, 0,22%, e terminou o pregão cotado a R$ 1,784. O mercado no entanto, pondera que ainda há espaço para queda. Segundo o boletim semanal Focus, a moeda vai chegar ao fim de 2011 a R$ 1,75. Caso a previsão se confirme em dezembro, o dólar terá se valorizado 13,7% comparado à cotação de 26 de julho, quando atingiu seu piso do ano, R$ 1,538.
FONTE: Correio Braziliense