Dólar cai com leilão do BC e ajuste no mercado futuro

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O Banco Central (BC) fez ontem leilão no mercado de câmbio, pelo segundo dia consecutivo, para segurar a cotação do dólar. A atuação, somada à redução das apostas dos investidores estrangeiros na queda da moeda no mercado futuro, levou o dólar comercial a fechar ontem em queda de 1,32%, a R$1,867.

Moeda recua 1,32% e fecha em R$1,867. No ano, alta ainda é de 12%

O Banco Central (BC) fez ontem leilão no mercado de câmbio, pelo segundo dia consecutivo, para segurar a cotação do dólar. A atuação, somada à redução das apostas dos investidores estrangeiros na queda da moeda no mercado futuro, levou o dólar comercial a fechar ontem em queda de 1,32%, a R$1,867. A melhora, no fim do pregão, do desempenho das bolsas de São Paulo e dos Estados Unidos também contribuiu para a queda. Assim, o câmbio quebrou uma sequência de quatro altas. No ano, porém, a valorização acumulada é de 12,06%.

No leilão de swap cambial (equivalente a uma venda de dólar no mercado futuro) ontem, o BC ofereceu contratos no valor US$4,5 bilhões e vendeu US$1,649 bilhão. Para a economista-chefe do BNY Mellon ARX, Solange Srour, o objetivo é evitar que a alta do dólar eleve a inflação.

Já os estrangeiros, cujas apostas na queda do dólar na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) superavam em US$20,650 bilhões os investimentos em contratos prevendo alta da moeda (considerando contratos de cupom cambial e de dólar futuro) até o fim de julho, chegaram a um equilíbrio, segundo analistas. Na segunda-feira, último dado disponível, essa diferença caiu para US$676 milhões. Em setembro, o movimento de redução desse saldo na venda por parte dos estrangeiros pressionou o dólar, que subiu 18,14% no mês, na maior alta mensal desde setembro de 2002. Agora, há menos espaço para especulação, dizem especialistas.

- O que pode fazer o câmbio subir agora é o aumento das saídas de capital do país, por causa da crise - diz o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

Relatório do banco JPMorgan indicou que parte da pressão deveu-se à ação de fundos do Japão, que estão desfazendo suas aplicações nas moedas do Brasil, da África do Sul e da Austrália. Os fundos tinham US$44 bilhões em contratos futuros no Brasil em 20 de setembro, calcula o JPMorgan. Segundo a agência Bloomberg News, investidores japoneses têm US$102 bilhões em ativos brasileiros.

 

FONTE: O Globo

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