Casa Civil intervém no BB

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Por determinação de Dilma Rousseff, ministra receberá hoje a bancada do DF, que alerta para o esvaziamento do Banco do Brasil. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, decidiu intervir no processo de transferência de parte das diretorias e de gerências do Banco do Brasil de Brasília para São Paulo

Por determinação de Dilma Rousseff, ministra receberá hoje a bancada do DF, que alerta para o esvaziamento do Banco do Brasil

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, decidiu intervir no processo de transferência de parte das diretorias e de gerências do Banco do Brasil de Brasília para São Paulo. A mando da presidente Dilma Rousseff, que quer evitar o uso político da instituição nas eleições municipais de 2012, ela receberá hoje a bancada de 11 deputados e senadores do Distrito Federal.

Eles temem o esvaziamento econômico da capital federal, pois as mudanças promovidas pelo BB podem incentivar outras empresas a seguirem na mesma direção. "A ministra levará nossa posição de repúdio a esse movimento à presidente Dilma. Temos certeza de que ela não deixará que isso aconteça", disse o senador Rodrigo Rollemberg ( PSB).

Segundo o senador, a estratégia do Banco do Brasil tem sido a de promover o esvaziamento de forma gradativa e sem alarde, justamente para não chamar a atenção. "Várias pessoas do banco já nos confirmaram isso. O próprio presidente do BB, Aldemir Bendine, me relatou sobre a transferência de parte da diretoria de Marketing para São Paulo, coisa que não tem a menor justificativa", observou.

O argumento de Bendine, acrescentou Rollemberg, é que a diretoria de Marketing em São Paulo dará suporte aos vice-presidentes e diretores, que passam a maior parte do tempo fora de Brasília. " Ora, não são os vice-presidentes e diretores que fecham negócios para o banco. Alguns nem mais despacham em Brasília", observou o senador. Ele ressaltou ainda que, além do pedido de explicações detalhadas sobre as mudanças no BB, que vêm se dando ao longo do tempo, os três senadores e os oito deputados que representam Brasília no Congresso não abrem mão do comparecimento do presidente do banco na casa.

Efetivamente o BB já transferiu para São Paulo 10% dos funcionários graduados — cerca de dois mil ao todo — das diretorias de Crédito, Comercial, Cartões, Tecnologia e Negócios Internacionais. A BB DTVM e a diretoria de Mercado de Capitais já funcionam, desde a sua criação, no Rio de Janeiro.

De acordo com o BB, o fortalecimento da instituição em São Paulo faz parte da sua estratégia de negócios. No estado, o banco continua atrás dos seus principais concorrentes do setor privado, o Itaú Unibanco e o Bradesco, apesar da compra da Nossa Caixa do governo paulista, que aumentou muito a base de clientes e de agências.

 

FONTE: Correio Braziliense

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