Presidente Dilma barra o esvaziamento do Banco do Brasil no DF

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A presidente Dilma Rousseff não ficou nem um pouco satisfeita de ser surpreendida pelo movimento de esvaziamento do Banco do Brasil (BB) em Brasília em direção a São Paulo

A presidente Dilma Rousseff não ficou nem um pouco satisfeita de ser surpreendida pelo movimento de esvaziamento do Banco do Brasil (BB) em Brasília em direção a São Paulo. Para piorar as coisas para a diretoria da instituição, a debandada foi vinculada a conotações políticas, coisa que Dilma, publicamente, abomina. Ela própria reclamou com o presidente do banco, Ademir Bendine. O resultado não poderia ser diferente: por ordem do Palácio do Planalto, tudo está parado no BB.

A ida de parte das diretorias do BB para São Paulo — na capital paulista já se encontram parte da de Crédito, Comercial, Cartões, Tecnologia e Negócios Internacionais, além de uma específica criada para o estado — começou, silenciosamente, há algum tempo. Há cerca de três anos foi aprovada estratégia de negócios com objetivo de aumentar a participação do banco no mercado paulista e, assim, fazer frente a Itaú e Bradesco, seus principais concorrentes do setor privado.

O BB, aliás, alega que mesmo com todo o esforço feito até o momento — o que incluiu a aquisição da Nossa Caixa, do governo paulista — ainda está em terceiro lugar em São Paulo, atrás dos dois principais bancos privados. “O desafio no estado é grande e mobiliza todas as áreas do banco”, admitiu uma fonte. A instituição, no entanto, minimiza as transferências já ocorridas, garantindo que o movimento está sendo mal entendido e que se trata apenas de ajustes organizacionais.

“Trata-se da migração de nichos operacionais e de negócios. Não esvazia em nada Brasília. Nunca foi intenção do banco mudar a diretoria, que permanece na cidade, sede do banco, mas apenas dar suporte à expansão dos negócios em São Paulo para ter condições de enfrentar a concorrência”, assegura sua assessoria de comunicação social.

Segundo o BB, o banco não é a única instituição que está fazendo esse movimento. Recentemente o HSBC, com sede em Curitiba, também foi forçado a ter uma presença mais marcante em São Paulo. O próximo descolamento previsto no maior banco brasileiro é o de parte dos funcionários que trabalham na diretoria de marketing, aproximadamente 70 profissionais. O BB alega que o deslocamento desses profissionais é intenso, sobretudo para dar suporte à diretoria, que passa parte da semana se dividindo entre a capital paulista, Rio de Janeiro e Brasília.

Ainda de acordo com o BB, outra cidade que deverá contar com mais suporte na sua infraestrutura bancária é o Rio, por conta dos projetos Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016). “Muitas empresas estão se deslocando, mesmo que temporariamente, para a capital fluminense. O banco não pode perder este negócio”, disse uma fonte. No Rio, a instituição já conta com a BB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BBDTVM), criada em 1986, e com a Diretoria de Mercado de Capitais e Investimentos, criada em 2001 e que também já conta, desde 2008, com um núcleo em São Paulo.

 

FONTE: Correio Braziliense

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