Bolsas perdem até 2,4%

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decisão do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de injetar mais US$ 400 bilhões na economia norte-americana para evitar a recessão potencializou o nervosismo dos investidores ontem, que já sofriam diante das perspectivas de um calote da Grécia.

A decisão do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de injetar mais US$ 400 bilhões na economia norte-americana para evitar a recessão potencializou o nervosismo dos investidores ontem, que já sofriam diante das perspectivas de um calote da Grécia. Não à toa, as principais bolsas de valores do mundo fecharam o dia em queda, indicando que a crise mundial está longe de uma solução.

No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (BMF&Bovespa) bem que tentou se descolar das incertezas internacionais, mas não resistiu à interpretação dos especialistas de que, ao fazer nova intervenção, o Fed admitiu que os EUA estão em uma situação desastrosa. Assim, o Ibovespa, que mede os preços das ações mais negociadas no pregão paulista, cedeu 0,70%, para os 55.981 pontos. Na Bolsa de Nova York, o tombo foi mais severo: 2,49%.

Na Europa, a Bolsa de Frankfurt comandou o derretimento ao recuar 2,47%. Em Londres, houve perdas de 1,40% e, em Paris, de 1,62%. Segundo os especialistas, o sentimento é de apreensão, sobretudo depois de a agência de classificação de risco Moody"s ter reduzido as notas três bancos norte-americanos — Bank of America, Wells Fargo e Citigroup — e de a Standard & Poor´s (S&P) ter piorado os ratings de sete instituições financeiras da Itália.

"Faltou compreensão aos mercados em relação ao pacote do Fed. Havia muita expectativa errônea sobre o que seria anunciado", disse Jason Vieira, economista da Corretora Cruzeiro do Sul. Para ele, o plano não é ruim, pois beneficiará, principalmente, os setores que necessitam de financiamento de longo prazo nos EUA, como o imobiliário", avaliou.

 

FONTE: Correio Braziliense

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