Inesperado anúncio do Banco Central Europeu fez moeda norte-americana no âmbito doméstico acompanhar o movimento do dólar no exterior
Inesperado anúncio do Banco Central Europeu fez moeda norte-americana no âmbito doméstico acompanhar o movimento do dólar no exterior
O dólar no âmbito doméstico acompanhou o tempo todo o movimento da moeda norte-americana no exterior e fechou em queda, reagindo principalmente ao inesperado anúncio de cinco bancos centrais (Federal Reserve, Banco Central Europeu, Banco da Inglaterra, Banco do Japão e Banco Nacional da Suiça) de que atuarão de forma coordenada para fornecer liquidez em dólar ao mercado.
O dólar encerrou valendo R$ 1,7080, queda de 0,70%, após ter registrado mínima de R$ 1,7010 (-0,41%) e máxima R$ 1,71770 (+1,26%). Na BM&F, o dólar pronto fechou cotado a R$ 1,7111 com declínio de 0,40%. Na mínima, a moeda atingiu R$ 1,7000 e na máxima, R$ 1,7145. Hoje é o segundo dia seguido que o BC não realiza nenhum leilão (à vista e a termo) no mercado de câmbio.
Amparado por essas medidas de liquidez, o euro superou US$ 1,38 hoje, ganhando terreno frente à moeda norte-americana, após ter começado o dia sem força devido à decepção dos investidores no mercado de moedas com o resultado de ontem da teleconferência entre a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e primeiro-ministro grego, George Papandreou. Mas a abertura em alta das bolsas europeias e um leilão bem-sucedido do governo da Espanha deixaram os investidores mais otimistas. O euro também foi beneficiado por uma renovada onda de venda de dólares, o que levou a moeda norte-americana a atingir seu menor patamar ante o iene até agora neste mês.
À tarde, a Pacific Investment Management Co. (Pimco), que administra o maior fundo de bônus do mundo, informou que está apostando que o euro vai cair para US$ 1,20 nos próximos três até seis meses. Isso significaria um aumento de mais de 10% no valor do dólar, tendo em vista o nível atual do euro, de US$ 1,3876. A medida do BCE "é apenas outra solução de curto prazo", disse Scott Mather, diretor de portfólio global da Pimco. "Mas a alta do euro não vai durar. Um valor justo para o euro é por volta de US$ 1,20". A última vez que a moeda europeia tocou esse nível foi em junho de 2010, quando a crise da dívida começou a ganhar força na Grécia.
FONTE: Estadão.com