BR Properties e WTorre Properties terão mais de R$ 10 bilhões em prédios comerciais para locação no país. Negócio foi costurado pelo banco BTG Pactual, que já tinha comprado a maior parte dos imóveis da construtora WTorre
Duas das maiores administradoras de imóveis comerciais brasileiros -BR Properties e WTorre Properties- decidiram juntar suas operações, em um negócio de mais de R$ 5,5 bilhões.
BR e WTorre Properties, o braço imobiliário da construtora fundada pelo empresário Walter Torre, são responsáveis hoje por alugar alguns dos mais cobiçados endereços comerciais de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O negócio foi costurado pelo banco BTG Pactual, do bilionário André Esteves, e envolve só a troca de ações.
O banco já tinha adquirido no ano passado a maior parte da carteira de imóveis da construtora WTorre, de quem é financiador.
ENDEREÇOS COBIÇADOS
Na nova estrutura, a BR Properties terá 58,1% das ações, enquanto o Pactual ficará com 30,8% e a construtora W/Torre, com 8,4%. Os 2,7% restantes serão de novos investidores.
Na carteira da W/Torre estão o novo prédio da Petrobras no centro do Rio e o futuro Shopping JK, que abriga o complexo Daslu e a sede do banco Santander, na avenida Juscelino Kubitschek (zona sul), em São Paulo.
A BR Properties é a maior administradora de imóveis comerciais do país, com 93 edifícios que somam uma área de locação de 1,15 milhão de m². Entre os sócios da BR estão o GP Investimentos e o Temasek, fundo soberano de Cingapura.
Na carteira da BR estão a antiga sede da Rede Manchete, na Glória (zona sul do Rio), que será inteiramente "retrofitado" (reformado).
Em São Paulo, a BR tem a Torre Nações Unidas (antiga sede da Nestlé) e o edifício Santa Catarina, na avenida Paulista, entre outros.
A BR é dona ainda da maioria dos prédios da varejista C&A, sua antiga parceira.
A nova empresa terá mais de R$ 10 bilhões em imóveis locáveis no país.
"A BR Properties terá ganho de sinergia na gestão da nova carteira, além de somar forças para crescer no mercado", disse Claudio Bruni, presidente da BR.
Segundo Carlos Fonseca, sócio do BTG Pactual, o negócio mostra a confiança do banco na gestão da BR Properties, líder do setor.
FONTE: Folha de S. Paulo