Especialistas sugerem plano que inclua aplicação na Bolsa

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Especialistas afirmam que, na hora de escolher um plano de previdência, a melhor alternativa é um que inclua aplicação em renda variável (ações, por exemplo).

Renda variável, afirmam, é vantajosa para os investimentos de longo prazo. Recomendação é que parcela voltada à renda fixa aumente à medida que se aproxime a hora de se aposentar

GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO
 

Especialistas afirmam que, na hora de escolher um plano de previdência, a melhor alternativa é um que inclua aplicação em renda variável (ações, por exemplo).

Hoje, pelas regras do mercado brasileiro, os fundos de previdência complementar podem aplicar até 49% de seus recursos em Bolsa.
"Se o cliente está alinhado com o prazo de previdência, que é longo, de 20, 30 anos, quanto mais renda variável, melhor. Porque você constrói o lucro ao longo do tempo", diz Fernando Camargo Luiz, da Orbe Investimentos.

A Orbe faz a gestão de um fundo de previdência com recursos de planos da Icatu Seguros, em uma parceria com a seguradora.
Segundo ele, com o aumento de oportunidades na Bovespa, que ficou mais barata com a desvalorização gerada pela nova turbulência, o fundo está elevando o percentual investido em renda variável, de 35% para 47%.

"Se você não tem previsão de resgate, aproveitar esses preços baixos é muito bom."
Entre os clientes de alta renda da SulAmérica, 63% optam por fundos que contenham algum percentual de renda variável, afirma Carolina de Molla, diretora de Vida e Previdência.

"O reflexo inicial dos clientes em momentos de crise no mercado é querer sair dos fundos que aplicam em Bolsa. E temos um esforço grande para fazer a pessoa se manter dentro do seu objetivo, que é de longo prazo", afirma Mizael Vaz, gerente comercial da Icatu.
"Como essa perspectiva, a gente vai ter um retorno bem melhor nesse mix de renda fixa e variável."

FUTURO GARANTIDO

A arquiteta Luciana Chebat, 33, investe em previdência privada há 11 anos, desde o início em fundos que incluam renda variável.

"Como é um dinheiro que eu não pretendo usar agora, optei por variar e ter o maior lucro possível. Ao mesmo tempo, com a aplicação em renda fixa, eu não perco dinheiro", afirma.

Hoje, ela tem, além do plano para garantir sua aposentadoria, mais dois para pagar a educação dos filhos gêmeos, de seis anos. Os contratos foram feitos assim que eles nasceram.
Raymundo Magliano Neto, diretor da Expomoney, recomenda que o percentual de renda variável na previdência seja proporcional ao tempo que a hora da aposentadoria ainda levará para chegar.
"Quem tiver mais perto da aposentadoria precisa ir reduzindo a parcela de renda variável, até que tenha 100% de renda fixa, já que não pode mais correr riscos."

Alguns planos já fazem isso pelo cliente, ou seja, mudam o volume de investimentos em renda fixa ou variável de acordo com sua idade. Para escolher, procure a seguradora ou o banco de sua escolha.

FONTE:  Folha de São Paulo

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